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Giovanna Tesser, 16 anos, já começou a planejar o horário de estudo. Ela quer passar em Biomedicina na UFPR | Marco André Lima/Gazeta do Povo
Giovanna Tesser, 16 anos, já começou a planejar o horário de estudo. Ela quer passar em Biomedicina na UFPR| Foto: Marco André Lima/Gazeta do Povo

Planejamento

"Sou bem competitiva"

Nervosa, mas não muito. É assim que Giovanna Tesser, 16 anos, descreve seus sentimentos a poucas semanas de começar as aulas do terceirão. A meta principal é passar no curso de Biomedicina na Universidade Federal do Paraná (UFPR). "Sou bem competitiva, mas acredito que isso é normal. Fiz o vestibular no ano passado como treineira e passei na primeira fase. Foi uma boa experiência", conta. Agora, ela já começou a planejar o horário e conversou com os pais para redistribuir os encargos em casa. "Mesmo em ano de vestibular acho importante continuar ajudando minha família", diz. E no domingo? "Descanso, sem dúvida. Será uma boa recompensa depois de uma semana bem aproveitada", projeta.

Sem dúvidas

Chegou o momento fatídico em frente às apostilas. E agora, o que fazer? Confira algumas dicas:

O que estudar em casa?

É aconselhável dedicar as horas de estudo para revisar as matérias explicadas no colégio naquele dia. A repetição ajuda o cérebro a entender o conteúdo. Caso já domine alguns assuntos, dê mais tempo aos temas para os quais você tem maior dificuldade.

Qual é o melhor lugar para estudar?

Um local bem iluminado, com boa ventilação e silencioso. Nem cogite estar à frente do computador ou da televisão. Se isso é impossível na sua casa, procure uma biblioteca ou uma sala de estudo com essas características. Outra vantagem de sair de casa é ver outras pessoas estudando, o que anima a fazer o mesmo.

Como não esquecer?

Faça analogias. Relacionar ideias é a melhor forma para que os conteúdos fiquem armazenados. Compare, por exemplo, características da Revolução Industrial com o que acontece hoje no Brasil ou pense na Biologia associada à saúde pública.

Fontes: Evelise Portilho, psicopedagoga e professora da PUCPR; Heliomar Rodrigues, coordenador pedagógico do Curso Dom Bosco; e Ivo Carraro, coordenador de atendimento ao aluno do Curso Positivo.

O carnaval está aí e logo começa a vida dura. Para a tristeza de alguns e a alegria de outros, a maior parte dos cursos pré-vestibular inicia as aulas no fim de fevereiro. Contudo, não importa o grau de contentamento. Se o estudante assumir esta nova etapa com ânimo, este ano trará muitos frutos – não só no vestibular, mas para o resto da vida.

"A preparação para o vestibular pode ser uma boa oportunidade para crescer em vários aspectos que ajudarão os jovens a enfrentar o futuro", explica a psicopedagoga Evelise Portilho, professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

Preguiçosos ou obcecados por estudar recebem conselhos diferentes dos especialistas. Os que têm mais dificuldade para enfrentar as apostilas precisam se convencer de que não é tão difícil assim. "Mesmo alunos com maior grau de dificuldade começam a entender e a desfrutar [o estudo] no momento em que eles se decidem a dedicar-se mais", afirma Heliomar Rodrigues, coordenador pedagógico do Curso Dom Bosco.

Para os que têm tendência doentia a perseguir resultados e ao perigo de reduzir a sua vida ao vestibular, cuidado. "É importante ter vida social, fazer atividade física, arejar. O cérebro precisa de tudo isso para lidar com a carga de adrenalina que vai ter. Do contrário, virão os famosos ‘brancos’ ou o estresse", alerta Evelise.

Ansiedade

É impossível eliminar completamente a ansiedade. A melhor forma de enfrentar esse estado é, além de aceitá-lo, tomar todas as medidas necessárias para estudar de verdade. "O ser humano tende a ficar mais ansioso quando espera um resultado ruim. Se o aluno tem horário, um método de estudo e não falta às aulas, acaba adquirindo segurança e conseguindo minimizar esse sentimento", assegura Ivo Carraro, coordenador de atendimento ao aluno do Curso Positivo.

>>>Seja esperto

Se você começar o ano com ritmo, chegará preparado ao vestibular com tempo para descansar e fazer outras atividades. Para isso, faça um horário com as seguintes características:

Flexível, sem neuroses. O dia em que não conseguir cumprir as metas estabelecidas, não se desespere. Você não é uma máquina. Recomece logo, com paz: esse é o segredo do sucesso.

Tempo para dormir. As horas de sono são necessárias para que o cérebro memorize os conteúdos estudados. Durma de 7h30 a 8 horas por dia.

Horas de estudo bem pensadas de segunda a sábado. Se você estuda apenas de manhã ou à tarde, o ideal é planejar o que você fará nos momentos sem aula para não perder tempo e conseguir descansar. Uma dica é organizar o tempo com três blocos de 1h30 de estudo e 15 minutos de descanso.

Tempo para fazer esporte é essencial para estar preparado fisicamente. Por exemplo, se o seu tempo livre é à tarde, os períodos de estudo poderiam ser das 13h30 às 15 horas, das 15h15 às 16h45 e das 18 horas às 19h30, deixando 1h15, entre 16h45 e 18 horas para se exercitar. É possível.

Tempo para almoçar ou jantar em família. O perigo de se isolar neste ano é real e pode prejudicar o desempenho do estudante. Uma pessoa só consegue vencer a ansiedade e manter o equilíbrio na convivência, compartilhando ideias e interessando-se pelos outros.

Reserve tempo na semana para ler o jornal ou uma revista de atualidades para estar por dentro do que está acontecendo no mundo.

Organize uma hora na semana para ler com calma os livros do vestibular.

No domingo, descanse, faça outras atividades e saia de casa. O corpo precisa dessa parada para se manter saudável.

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