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As provas de vestibular e o Enem aproximam-se; quando nos atentarmos, novembro já estará por aqui. Seria isso motivo de desespero para aqueles que, ainda, não se mexeram e não começaram a estudar. Aliás, diga-se de passagem, esses têm a última oportunidade para não perderem tempo.

Para que se faça uma prova de Português ou de Linguagens satisfatória, primeiramente, o candidato deve dominar a leitura. E este é o problema: nem todos sabem ler. Não se assuste com essa afirmação, mas saiba que exercer a prática da leitura é muito mais do que - como diria minha analfabeta, mas sábia avó- "acolherar" letras.

É necessário que o candidato compreenda que ler se aprende lendo, debruçando-se sobre os mais diversos textos: poemas, crônicas, contos, teses, artigos, reportagens. E, além da leitura, para que se possa efetivamente ler, é necessário que se compreenda o que está sendo lido.

Costumo dizer para meus alunos que, ao iniciar a leitura, o candidato inicia, também, um diálogo com o texto. Nada o deve impedir de parar a cada período ou parágrafo (dependendo da sua prática de leitura) para que possa entender o significado das palavras, o que se quer veicular como informação. Não se pode colocar a subjetividade na compreensão de um texto que servirá de base para questões objetivas de prova. Essa prática prejudica o candidato, que acaba respondendo às questões de acordo com seu próprio pensamento e não de acordo com o que se informou no texto.

Cada novo texto que lemos é uma descoberta que fazemos, em relação, inclusive a dados, notícias e argumentações que poderão ser utilizados em redações que serão feitas posteriormente. Não adianta lermos muito, se não utilizarmos o que foi lido.

A preguiça, então, é a pior inimiga de uma boa prova. Saiba que será gasto bastante tempo com a leitura, mas que, se esta for feita de maneira eficiente, as questões podem ser resolvidas com facilidade.

Para a parte de raciocínio gramatical, também importante tanto para as provas de vestibular quanto para o Enem, vale lembrar que, além da leitura muita atenta dos enunciados, é necessária uma boa dose de frieza dos candidatos. Muitos deles ficam olhando distraídos para a questão e não esboçam nenhuma atitude, como se não entendessem o que se pede no enunciado.

Procure circular os verbos, atentar para a concordância verbo-nominal (relação numérica entre sujeito e verbo e relação numérica e de gênero entre os nomes, respectivamente). Após, verifique se a regência verbo-nominal (uso das preposições) está correta. Não se esqueça da ordem sintática dos termos das orações para avaliar a pontuação. E, além disso tudo, a coerência e coesão das frases deve estar perfeita, não se pode ter ambigüidade, por exemplo.

No mais, é enfrentar as provas e, depois, correr para o banho de lama.

* Professora do Unificado.

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