
Os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terão acesso à correção de suas redações em 15 de fevereiro de 2013, informou hoje o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Cláudio Costa. A estimativa é que 1,2 milhão das 4,1 milhões de redações precisarão passar por uma terceira correção. Dessas, 200 mil ainda deverão seguir para a banca examinadora para sanar as diferenças entre os corretores.
As notas serão divulgadas em 28 de dezembro, e a expectativa é que até 4 de janeiro o Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe), responsável pela aplicação do exame, entregue ao Inep as redações digitalizadas e corrigidas.
Por motivos de segurança, o Inep levará um mês para colocar todas as redações no sistema informatizado do órgão. Só então os inscritos no Enem poderão ver a correção de sua prova no site. Para isso, basta usar a senha já fornecida pelo Inep.
Já o gabarito das provas de múltipla escolha será divulgado quarta-feira no site do Inep. Segundo Costa, bancas de especialistas vão decidir amanhã ou quarta-feira se anulam as questões que foram alvos de críticas.
Sistema de correção
De acordo com o presidente do Inep, as redações do Enem começam a ser digitalizadas amanhã pelo Cespe. Em seguida, as imagens das provas serão encaminhadas aos estados e distribuídas aos corretores. Costa disse a correção deverá começar no feriado do dia 15. O Inep trabalha com um máximo de 100 redações por dia por corretor. Além disso, cada um deles receberá provas de alunos de escolas diferentes. Foram capacitados 5.683 corretores, 229 supervisores, 12 coordenadores e 462 auxiliares de supervisão. Todos são professores e profissionais das letras.
Ontem o Inep começou um treinamento para a correção, mais específico que o anterior, abordando o tema da redação, que foi "O Movimento Imigratório para o Brasil no Século XXI". A nota da redação, que vai de zero a 1000, é calculada a partir da avaliação de dois corretores diferentes.
No Enem deste ano, se a diferença entre os dois for superior a 200 pontos, um terceiro corretor será chamado. A nota é composta por cinco competências, que vão de 0 a 200. Se a diferença entre os dois corretores em uma das competências for de 80 pontos ou mais, também será chamado um terceiro corretor. Se a diferença persistir, a correção será feita por uma banca com três membros. Em 2011, a diferença mínima para chamar um terceiro corretor era de 300 pontos. Costa não vê necessidade de recurso depois que a correção da prova estiver disponível.
"Nós estamos garantindo ao inscrito no Enem todos os recursos, do terceiro corretor, da banca", disse. Costa também afirmou que os deficientes visuais que enfrentaram problemas na realização da prova no Rio poderão fazer nova prova em dezembro.



