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Se para muitos estudantes a sensação foi de indignação, para os representantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) o vazamento dos dados de inscritos no Enem entre 2007 e 2009 não compromete a credibilidade do exame e não deve alterar a forma com que elas utilizam os dados para selecionar seus aprovados.

O professor Jair Almeida, presidente da Comissão de Processos Seletivos da UTFPR, chegou a classificar o episódio como sensacionalista. "Pelo que fiquei sabendo, não houve possibilidade de alteração de dados, não houve uma interferência de um hacker tentando mudar a nota do Enem. Acho que é até um pouco de sensacionalismo", criticou ele, que explicou ainda de que forma a instituição tem acesso aos dados dos candidatos para selecionar os aprovados pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do MEC, que tem como critério a nota do Enem. "Quando adere ao Sisu, a universidade faz um cadastro. Depois mandam a senha e o log in para o reitor, para ter acesso ao sistema. Mas nós não temos acesso aos dados de todos os estudantes que se inscreveram, só aos que mandamos os nomes para o MEC, que devolve o arquivo com os dados solicitados."

Almeida diz ainda que a instituição considera o sistema seguro em relação às notas e ao critério de seleção e por isso a UTFPR nem pensa na possibilidade de abandonar o sistema. A mesma avaliação foi feita por Raul Von der Heyde, diretor do Núcleo de Concursos da UFPR, instituição que usa a nota do Enem para compor 10% de seu escore total e que no próximo processo seletivo reservará cerca de 10% das suas vagas para o Sisu. "Lamentamos a situação, mas a Federal continua com o mesmo posicionamento, até porque já estamos com a resolução editada", justifica, dizendo ainda que a credibilidade do Enem não sofre com o vazamento, já que ele não está diretamente relacionado às provas que já foram aplicadas ou às que ocorrerão neste ano.

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