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| Foto: Benett /Gazeta do Povo

Você já gaguejou, ficou vermelho ou teve aquele "branco" na hora de fazer uma apresentação oral para a turma? A timidez, o medo de errar e a falta de intimidade com esse tipo de trabalho podem fazer com que a apresentação de um seminário na universidade se torne uma tortura para alguns. Se­­gun­­do os professores, contudo, esta avaliação é importante para o aluno, pois mostra seu domínio sobre o assunto e se ele consegue ser claro na explicação de um tema.

Segundo Dulce Dirclair Hus­bais, professora do Departa­mento de Teoria e Prática de Ensino da Uni­­versidade Federal do Paraná (UFPR), os professores geralmente atribuem 50% da nota para o conteúdo e a outra metade para a desenvoltura do aluno na exposição oral, avaliando se o aluno vai além daquilo que se pede e se consegue compartilhar esse conhecimento com os colegas, de maneira natural. "Essa fala espontânea dos seminários de­­monstra que o aluno tem domínio sobre o conteúdo e é capaz de transmitir este mesmo conhecimento para seu público, o que futuramente vai ser importante na sua prática profissional", afirma.

Um dos meios que os alunos usam como apoio à apresentação oral é o uso de slides, como forma de ilustrar os conteúdos expostos. O uso desse recurso, porém, requer cautela, para que ele não chame mais atenção do que o orador e também para que o aluno não fique apenas lendo o que aparece na tela. "Nós sugerimos que o uso seja apenas ilustrativo, com pouco texto, apenas com palavras-chave e tópicos, servindo como roteiro", sugere o coordenador do curso de Administração da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Alex Weymer.

Controle a situação

O nervosismo pode atrapalhar – e muito – o desempenho do aluno na hora de expor o conteúdo, mesmo que ele tenha bastante domínio sobre o assunto que vai falar. Para Armando Celia Junior, professor do curso de Teatro Espon­­tâneo Processual da PUCPR, treinar em frente de um espelho também funciona. Mas ele ressalta que é importante que o aluno não decore um texto pronto, pois isso pode aumentar o nervosismo. "O desejo de transmitir uma mensagem e passar conhecimento deve ser maior que o medo de errar, pois isso trava. O aluno deve aceitar que errar é normal", avalia Armando.

A postura e a linguagem usadas na apresentação também contribuem para a credibilidade do orador e o aluno precisa prestar atenção a esses detalhes. O professor de oratória da UFPR Marcos Siqueira Campos sugere que o estudante não fique com canetas ou outros objetos na mão, para evitar movimentos e atitudes que demonstrem seu nervosismo. "É importante também que faça pausas na sua explicação, com uma boa respiração para mostrar tranquilidade e controle na fala", aponta.

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