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| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Na internet

Na internet (siteprouni.mec.gov.br e sisu.mec.gov.br) você encontra respostas para as perguntas mais frequentes dos estudantes.

Opções

Nem todas as particulares oferecem bolsas do ProUni nem todas as públicas participam do Sisu. A relação de instituições pode ser acessada pelo candidato no momento da inscrição, que é realizada apenas pela internet.

Na ponta da língua

Conheça outras siglas que todo vestiba tem de saber:

Enade

Exame Nacional de Desempenho de Estudantes. Prova aplicada por amostragem a alunos do primeiro e do último ano de cursos de graduação. A participação na prova é obrigatória para que o aluno receba o diploma.

FiesFundo de Financiamento ao Estudante de Ensino Superior. Programa do MEC que financia mensalidades de cursos de graduação em instituições particulares. O Fies pode ser solicitado em qualquer período do ano. A taxa de juros é de 3,4% ao ano e o percentual mínimo de financiamento é de 50%. Os estudantes que ingressarem no Fies a partir do primeiro semestre de 2011 precisarão ter feito o Enem.

TRITeoria de Resposta ao Item. Sistema usado para calcular a nota no Enem. As perguntas do exame têm graus diferentes de dificuldade e as mais complexas valem mais. Por isso, o candidato não consegue chegar à sua nota simplesmente somando as respostas certas.

ProvarPrograma de Ocupação de Vagas Remanescentes da Universidade Federal do Paraná. O objetivo do Provar é preencher as vagas que surgem durante o ano quando estudantes aprovados no vestibular reprovam ou desistem do curso. Ele permite, por exemplo, a mudança de curso, turno e habilitação dentro da UFPR e a transferência para a Federal de estudantes de outras instituições.

Você com certeza já ouviu falar nessas duas palavrinhas, siglas que nos últimos anos apareceram na vida dos estudantes que se preparam para entrar em uma instituição superior de ensino. Para ajudar quem ainda está perdido no meio de tantas letras, preparamos um guia que explica o significado de cada programa, o que eles têm em comum e o que os torna diferentes.

Públicas X Privadas

ProUni é a abreviatura de Programa Universidade para Todos; Sisu, de Sistema de Seleção Unificada.

Criado em 2004, o ProUni oferece bolsas de estudo parciais (25% e 50%) e integrais (100%) em instituições de ensino superior privadas. Em troca dos descontos, as faculdades e universidades que participam do programa deixam de pagar alguns impostos.

O Sisu é um sistema online, gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC), que seleciona candidatos de universidades públicas. Na última edição do Sisu, para início das aulas no segundo semestre deste ano, 35 instituições participaram do processo de seleção. No Paraná, apenas a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) ofertou vagas pelo sistema.

Segundo o diretor do Curso Dynâmico, Sérgio Garcia Junior, o Sistema de Seleção Unificada costuma despertar menos interesse entre os estudantes do que o ProUni. Com a adesão da Universidade Federal do Paraná (UFPR) ao Sisu, no próximo processo seletivo, ele considera que os alunos darão mais importância ao sistema. Em maio, a UFPR informou que vai destinar cerca de 10% das vagas de cada graduação para o Sisu. Ficarão de fora apenas os cursos que aplicam prova de habilidades específicas (Arquitetura e Urbanismo, Design e Música) e os que apresentam processo seletivo estendido (Estatística, Matemática e Matemática Industrial), em que o primeiro semestre do curso também é levado em conta na seleção dos alunos.

Ambos usam a nota do Enem

Existe um denominador comum entre o ProUni e o Sisu: o Exame Nacional do Ensino Médio. É pela nota no Enem que os concorrentes de um e de outro são classificados. A pontuação necessária depende muito da concorrência do curso, mas o candidato do ProUni deve ter média de pelo menos 400 pontos no exame. Essa nota é calculada somando-se as pontuações nas cinco provas (Redação, Linguagens, Matemática, Ciências Humanas e Ciências da Natureza) e dividindo o resultado por cinco.

Vale lembrar que essa é a nota mínima. As bolsas são distribuídas de acordo com os desempenhos dos candidatos, que em alguns cursos são bem altos. No primeiro semestre deste ano, por exemplo, a pontuação do último colocado em Medicina na Faculdade Evangélica do Paraná (Fepar) foi 785,4 – de um total de mil pontos possíveis.

Para participar do Sisu, os candidatos não precisam de uma nota mínima no Enem. Por outro lado, como o sistema permite que o aluno dispute vagas em várias partes do país sem que precise sair da sua cidade, a concorrência e as notas de corte também são elevadas. Na edição do Sisu referente ao primeiro semestre deste ano, o primeiro colocado no curso de Medicina da Universidade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre (UFCSPA) fez 881,82 pontos no Enem e o último lugar, 798,1. "O Sisu dificulta a entrada em cursos com concorrência muito alta, a disputa é mais acirrada do que era com o vestibular", avalia Sérgio Garcia Junior, do Curso Dynâmico.

Número de cursos

Na última edição do Sisu, o candidato pôde escolher dois cursos, por ordem de preferência. Houve uma única etapa de inscrição e três chamadas foram feitas pelo MEC. O candidato selecionado em sua primeira opção deixou automaticamente o sistema e não participou das outras duas chamadas. O candidato selecionado em sua segunda opção continuou concorrendo à vaga que definiu como primeira opção. Na última seleção do ProUni, por sua vez, foi possível fazer até três opções de curso e estão previstas seis chamadas.

Tanto no ProUni quanto no Sisu, o estudante tem a possibilidade de alterar suas opções durante o período de inscrição, a partir da observação da nota de corte em cada curso. A nota de corte é a nota do último colocado entre aqueles que se inscreveram até o momento na graduação. Se a pontuação do estudante for menor do que a nota de corte para o curso que escolheu, ele pode selecionar outra graduação, na qual tenha chances de entrar. Ao final do prazo de inscrição, o sistema seleciona automaticamente os candidatos mais bem classificados em cada curso.

Tenho de fazer vestibular?

Não é necessário fazer vestibular para participar do ProUni e do Sisu. Embora as instituições particulares que participam do ProUni tenham autonomia para aplicar processo seletivo próprio aos candidatos pré-selecionados pela nota do Enem, dificilmente elas lançam mão desse procedimento.

O Sisu substitui o vestibular das universidades públicas que participam integralmente do sistema. "O Sisu é usado por universidades que não têm mais vestibular. Ele é o sistema unificado de ingresso nas escolas públicas pela nota do Enem", explica Alberto Francisco do Nascimento, um dos coordenadores do Curso Anglo, de São Paulo. As seleções do Sisu e do ProUni são realizadas duas vezes por ano.

Posso participar dos dois? Todos os candidatos do ProUni podem fazer o Sisu, mas nem todos os candidatos do Sisu podem participar do ProUni, apenas os estudantes que não têm diploma de curso superior e cursaram o ensino médio em escola pública ou na rede particular com bolsa de 100%. Para disputar uma bolsa integral do ProUni também é preciso ter renda familiar por pessoa de no máximo um salário mínimo e meio (R$ 765). A renda máxima para a bolsa parcial é de três salários mínimos (R$ 1.530) por pessoa.

Embora seja possível fazer a inscrição nos dois processos seletivos, o estudante não pode acumular vagas pelo Sisu e pelo ProUni. Se o aluno matriculado em uma universidade pública for selecionado pelo ProUni, terá de optar por estudar na instituição pública ou na particular como bolsista. Desempate

Os critérios de desempate no ProUni e no Sisu são os mesmos. Caso dois ou mais candidatos apresentem a mesma média aritmética no Enem, o desempate deve ser feito na seguinte ordem: maior nota na Redação; maior nota em Linguagens; maior nota em Matemática; maior nota em Ciências da Natureza; e maior nota em Ciências Humanas.

Ainda tem dúvidas sobre o ProUni e o Sisu?

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