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Às vezes sobra dinheiro

Apesar de toda esta organização é difícil arrecadar muito dinheiro com as festas. Mesmo assim elas acabam sendo uma ótima maneira de conciliar o interesse da diversão e integração entre os universitários com algum lucro, que é revertido para outras ações do CA. "As festas são planejadas para se pagarem, geralmente não dão lucro. O pouco dinheiro que ganhamos investimos em eventos como palestras e encontros gratuitos para os estudantes", conta Júnior. Mas o grande objetivo das festas universitárias é mesmo a diversão e o contato com novas pessoas. "Elas são importantes para o aluno ver que ele não está na faculdade só para assistir à aula, ele precisa de outros espaços de interação acadêmica", afirma César.

Todos os anos eventos e festas universitárias entram para o calendário acadêmico e viram tradição entre os cursos. O ritual de iniciação dos calouros, um churrasco no feriado e também as festas para estreitar laços com outras universidades são uma parte importante da vida universitária. Mas as festas, via de regra, têm como maior motivo algo simples, porém nobre: divertir.

Quem fica com a responsabilidade de organizar estas festas geralmente são os Centros Aca­­dêmi­cos (CAs) e os Diretórios Cen­­trais de Estudantes (DCEs), entidades que representam os universitários. "Algumas festas já existem há muitos anos. É quase uma obrigação manter a tradição. Mesmo com as mudanças de gestão e de diretoria, as festas têm de continuar", explica An­­to­­nivaldo Lima Falcão Júnior, aluno de Direito na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e diretor-presidente do Centro Acadêmico do curso.

Na UFPR

Os eventos do DCE da Uni­ver­sidade Federal do Paraná (UFPR) já entraram no circuito tradicional curitibano. Todas as sextas-feiras as festas acontecem num espaço próprio num prédio da universidade próximo ao campus da Reitoria. "O diretório cede o espaço cobrando apenas a taxa de limpeza. Quem organiza a festa precisa pensar nas bebidas, na banda, nos preços. Também precisa fazer todo o trabalho de atendimento durante o evento", explica César Fernan­des, um dos coordenadores ge­­rais do DCE da UFPR. As festas são abertas para todos, não apenas para os estudantes da Federal.

Luma Bedini, aluna do curso de Artes Cênicas da Faculdade de Artes do Paraná (FAP), conta que organizou uma festa no DCE da federal em apenas dois dias. "Não foi difícil encontrar uma banda e um DJ que quisessem tocar. Depois foi só comprar as bebidas", conta. O objetivo da festa era arrecadar dinheiro para o baile de formatura da turma. Segundo César, uma festa bem organizada chega a gerar um lucro de mil reais. "Nós queremos incentivar os cursos a fazerem festas e ganharem algum dinheiro, sem precisar de apoios de partidos políticos ou patrocínio. Esta é uma forma de eles se autossustentarem", afirma.

Na PUCPR

No Centro Acadêmico Sobral Pinto (CAPS), do curso de Direito da PUCPR, as festas são maiores e precisam ser realizadas em espaços alugados, o que gera mais gastos e precisa de mais organização. Para dar conta, todos os membros do centro acadêmico precisam ajudar. "Todos têm que trabalhar e vamos dividindo as tarefas como as bebidas e as bandas. Geralmente começamos a preparar as festas de um mês e meio a dois meses antes", conta Júnior, diretor-presidente do CASP. De acordo com ele, é fundamental a participação do público de fora. "Nós fazemos uma divulgação grande porque para a festa se pagar precisamos de muito público. Assim nossas festas acabam passando das 2 mil pessoas, com gente de outros cursos e outras faculdades".

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