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O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro falou nesta quarta-feira (26) sobre as suspeitas de que inserções de sua propaganda eleitoral não foram veiculadas em algumas rádios, principalmente no Norte e Nordeste, e cogitou a possibilidade de tentativa de manipulação do resultado das eleições 2022. Ele também criticou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), lamentou o fato de que suas propostas podem não ter chegado a alguns eleitores e afirmou que a exoneração do assessor da Corte Eleitoral não vai colocar uma pedra na situação.

Na terça-feira (25), a campanha de Bolsonaro divulgou a informação de que havia apresentado ao TSE um relatório detalhando que o mandatário teve menos inserções de rádio que seu adversário. A denúncia foi apresentada à Corte na segunda (24).

"O que foi feito, comprovado por nós, pela nossa equipe técnica, é interferência, é manipulação de resultados. Eleições têm que ser respeitadas, mas, lamentavelmente, PT e TSE têm muito o que explicar nesse caso", disse Bolsonaro, segundo declaração publicada pelo jornal Folha de S. Paulo.

O TSE exonerou Alexandre Gomes Machado do cargo em comissão de assessor da Secretaria Judiciária, da Secretaria-Geral da Presidência do tribunal. Ele era o coordenador do pool de emissoras e tinha a responsabilidade de disponibilizar as inserções da propaganda eleitoral que devem ser feitas no rádio e na televisão.

Questionada sobre o motivo da exoneração, a Justiça Eleitoral afirmou à Gazeta do Povo que, "em virtude do período eleitoral, a gestão do TSE vem realizando alterações gradativas em sua equipe". A portaria que trata da saída de Machado do cargo em comissão foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta quarta-feira (26).

“Deixo bem claro, é o assunto do momento, mais uma do TSE. Vocês estão acompanhando as inserções do nosso partido que não foram passadas em dezenas de milhares de rádios pelo Brasil. Sou vítima mais uma vez. Onde poderia chegar as nossas propostas, nada chegou. E não será demitindo um servidor do TSE que o TSE vai botar uma pedra nessa situação”, afirmou Bolsonaro”, de acordo com declaração publicada pelo site Poder 360.

Declarações de ex-assessor à Polícia Federal

Machado disse em depoimento à Polícia Federal que já tinha alertado a Corte Eleitoral sobre falhas na fiscalização das inserções da propaganda eleitoral. As informações foram publicadas pela CNN Brasil.

Nas declarações à PF, ele também afirmou que recebeu um e-mail de uma rádio e que ela teria confirmado que deixou de fazer 100 inserções da propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, entre 7 e 10 de outubro deste ano.

A Gazeta do Povo procurou a Polícia Federal, mas a corporação informou que "não se manifesta sobre eventuais investigações em andamento". A reportagem também tentou o contato com Machado, mas não obteve sucesso.

Sem fazer referência à exoneração ou ao relatório da campanha de Bolsonaro, a Justiça Eleitoral divulgou matéria em seu site no fim da manhã desta quarta-feira (26) e afirmou que “não é função do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) distribuir o material a ser veiculado no horário gratuito”. O tribunal salientou que as emissoras de rádio e de televisão devem se organizar para ter acesso às mídias e divulgá-las de acordo com as regras estabelecidas na Resolução TSE nº 23.610.

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