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O candidato a deputado federal Guilherme Boulos (Psol) se envolveu em uma confusão com integrantes do MBL neste domingo (25).
O candidato a deputado federal Guilherme Boulos (Psol) se envolveu em uma confusão com integrantes do MBL neste domingo (25).| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Uma confusão neste domingo (25) entre o candidato a deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) e integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) fez com que a Polícia Militar fosse acionada, em São Paulo. Membros do MBL acusam Boulos de agredir um adolescente de 15 anos integrante do grupo, informou a Folha de S. Paulo. Enquanto o candidato afirma que o MBL usou um menor de idade para provocar sua equipe durante uma caminhada na Avenida Paulista e acusá-lo falsamente de agressão.

Um vídeo divulgado no Twitter por Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei, mostra o adolescente se aproximando de Boulos, filmando o próprio rosto, e perguntando sobre por que o candidato defende ditaduras como a de Cuba. Após esse trecho, a câmera começa a tremer e não é possível, pelas imagens, identificar exatamente o que ocorreu. Outro vídeo divulgado na conta de Arthur do Val mostra um empurra-empurra e alguns militantes do Psol batendo no adolescente.

Durante a confusão, o MBL acionou a polícia, mas Boulos se recusou a ser detido. Segundo a Folha, a tentativa de prisão durou por volta de 30 minutos e só acabou com a intervenção dos advogados Ariel de Castro Alves e Augusto de Arruda Botelho. Em um vídeo publicado no Twitter, Boulos explica a sua versão do episódio. Ele classificou a ação dos militantes do MBL como “tática de provocação da extrema direita”.

"Eles vieram fazer provocações, mandaram um rapaz militante deles menor de idade botar o celular provocando na minha cara, gerou um empurra empurra com a turma que estava acompanhando a gente. Não contentes, foram e procuraram uma da Polícia Militar dizendo que eu tinha agredido o rapaz do MBL", disse o candidato.

Boulos afirmou que policiais tentaram levá-lo à força para a delegacia e teriam jogado spray de pimenta nos presentes. "Não vamos nos intimidar, vamos seguir nessa reta final fazendo campanha na rua", afirmou.

Botelho se manifestou nas redes sociais sobre o ocorrido. "Conversei com os policiais militares responsáveis pela ocorrência. Eles queriam levar o Guilherme Boulos preso em flagrante. Eu disse que não, que isso é ilegal. Se tivesse um boletim de ocorrência, uma intimação ou coisa semelhante, não havia prova nenhuma dessa suposta agressão", disse o advogado, que também é candidato a deputado federal.

Do lado do MBL, o candidato a deputado federal Cristiano Beraldo (União Brasil-SP) afirmou em vídeo no Twitter que a mãe do menor envolvido na confusão iria prestar queixa contra Boulos. "Na hora de agredir, toda a quadrilha que fica no teu entorno agrediu um moleque de 15 anos, você é machão. Agora vem aqui ser macho com a polícia, para ir para a delegacia com a mãe dele, que vai prestar queixa contra você", disse Beraldo.

Boletim de ocorrência foi registrado por integrante do MBL

Um boletim de ocorrência foi registrado pelo representante legal do menor que tentou questionar Boulos. Segundo o documento, o adolescente afirma "que é youtuber e que na presente data, ao indagar o candidato Guilherme Boulos a respeito de pautas políticas, o mesmo tentou puxar seu aparelho celular, evoluindo para agressão física desferindo diversos socos em sua face, instigando a população a dar continuidade à agressão".

Duas testemunhas, corroboraram a versão apresentada pelo adolescente no boletim de ocorrência registrado pelos policiais como "lesão corporal". A autoridade policial também solicitou que o menor passe por um exame no Instituto Médico Legal (IML).

Em nota, o MBL afirmou que o adolescente estava com os pais na Avenida Paulista e após questionar Boulos "acabou sendo agredido pelo candidato e sua militância".

"O militante da campanha de Renato Battista, Pedro A., de 15 anos, estava com os pais na Paulista e foi questionar Guilherme Boulos, mas acabou sendo agredido pelo candidato e sua militância. Felizmente o candidato Cristiano Beraldo chamou a Polícia imediatamente, que tentou deter o agressor, mas foram impedidos pelos psolistas. Boulos não apenas agrediu um menor, como resistiu à polícia e fugiu do local com auxílio de seus pelegos", diz a íntegra da nota encaminhada a Gazeta do Povo pelo MBL.

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