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Plenário do Senado
Plenário do Senado| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Nas eleições de outubro próximo, o Paraná tem dez candidatos ao Senado e cada um deles precisa apresentar dois nomes para ficarem na suplência. Entre os 20 suplentes (14 homens e 6 mulheres), o maior grupo é composto por empresários, advogados, professores. Também há políticos com longa estrada e estreantes nas urnas. Confira:

Aline Sleutjes (Pros):

Os dois suplentes da candidata ao Senado Aline Sleutjes já disputaram outras eleições, mas não venceram os pleitos. Seu primeiro suplente é o empresário Ademar Batista Pereira (Pros), de 61 anos, e um patrimônio de R$ 9,5 milhões em bens – quase R$ 3 milhões correspondentes a cotas da empresa ABP Administradora de Bens Próprios. Ele também tem participações no Espaço Torres Eventos e na Escola Atuação.

O empresário não é novato na política. Ele já disputou outras eleições. Pelo PV, tentou ser vereador de Curitiba em 2004 e deputado federal em 2006. Nas eleições de 2016, já filiado ao Pros, tentou a prefeitura de Curitiba, e fez mais de 10 mil votos.

O segundo suplente de Aline Sleutjes é o policial militar Fabio Amaral (Pros), que também já tentou ser vice-prefeito de Colombo, na região de Curitiba, na última eleição, em 2020. Ele tem 42 anos e R$ 38,9 mil em bens.

Alvaro Dias (Pode):

Outro primeiro suplente milionário é o do senador Alvaro Dias, que tenta a reeleição: Wilson Matos Filhos (Pode), empresário de Maringá com 49 anos, informou à Justiça Eleitoral ter quase R$ 50 milhões (R$ 49.350.002,00) em bens. Mais de R$ 20 milhões se referem a ações e fundos de investimento.

Já o segundo suplente de Alvaro Dias para as eleições de outubro próximo é o advogado Rolf Koerner (Pode), de 70 anos. Ele informou ter R$ 1,8 milhão em bens, incluindo aplicações e conjuntos comerciais. Koerner já experimentou as urnas: em 2016, tentou uma cadeira na Câmara de Curitiba; em 2020, foi o candidato a vice-prefeito da capital, na chapa encabeçada pela advogada Carol Arns (Pode), filha do senador Flávio Arns (Pode).

Os suplentes do atual mandato de Alvaro Dias no Senado, escolhidos nas eleições de 2014, são o empresário Joel Malucelli (à Justiça Eleitoral, em 2014, ele informava ter mais de R$ 236 milhões em bens) e Severino Araujo, que comandou o PSB no Paraná por quase 25 anos (e informou ter mais de R$ 487 mil em bens, em 2014).

Desiree (PDT):

A primeira suplente da candidata Desiree Salgado é a administradora de empresas Samantha Sitnik (PDT), de 51 anos. Nas eleições de 2020, ela concorreu à cadeira de vice-prefeita de Cascavel, na chapa encabeçada por Marcio Pacheco, hoje deputado estadual pelo Republicanos. Ela é uma das fundadoras da Associação de Mães de Autistas de Cascavel (Amac). Sitnik declarou ter mais R$ 9 milhões em bens (um apartamento, duas casas e um terreno) à Justiça Eleitoral.

O segundo suplente da pedetista é o advogado Cristiano Dionísio (PDT), de 43 anos. Ele é mestre em Direito Econômico e Social pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Filiado ao PDT desde 2010, ele já foi candidato a deputado federal duas vezes, em 2010 e 2018. À Justiça Eleitoral, Dionísio declarou ter um veículo no valor de R$ 60 mil.

Dr Saboia (PMN):

O primeiro suplente do candidato Carlos Eduardo Saboia Gomes, o Dr Saboia, é Clovis Santos (PMN), de 57 anos. Ele informou à Justiça Eleitoral que é empresário e tem R$ 781.229,50 em bens, incluindo duas casas em Curitiba e dois veículos. A segunda suplente é Gisele Durigan (PMN), que informou não possuir bens à Justiça Eleitoral. Ela se apresenta como “Delegada Gisele” e tem 50 anos.

Laerson Matias (Psol):

Sustentado pela federação Psol/Rede, o candidato Laerson Matias registrou os correligionários Leonardo Martins (Psol) e Sebastião Donizete Santarosa (Psol) na primeira e na segunda suplência, respectivamente. Martins é bancário, tem 39 anos, e patrimônio de aproximadamente R$ 550 mil. Em 2018, ele saiu candidato a deputado federal também pelo Psol. Santarosa é professor do Ensino Fundamental e Médio, tem 55 anos e mais de R$ 1 milhão em bens (dois apartamentos em Curitiba, um imóvel rural em São José dos Pinhais e uma Kombi motorhome, de 2001).

Orlando Pessuti (MDB):

Já o ex-governador do Paraná Orlando Pessuti optou por nomes com experiência na política municipal. Seu primeiro suplente é o empresário Claudio Quadri (MDB), que já foi três vezes prefeito da cidade de Capitão Leônidas Marques. Ele tem 51 anos e R$ 158.391,91 em bens. A segunda suplente de Pessuti é a atual presidente da Câmara de Pontal do Paraná, a vereadora Nega Borges (MDB), de 44 anos. À Justiça Eleitoral, ela declarou ter R$ 240 mil em bens.

Paulo Martins (PL):

O deputado federal Paulo Martins traz a esposa de um aliado na primeira suplência. Trata-se da vereadora de Assis Chateaubriand Franciane Micheletto (PL), de 42 anos. Ela é esposa do líder do governo Ratinho Junior (PSD) na Assembleia Legislativa, deputado estadual Marcel Micheletto (PL). Ela declarou ter pouco mais de R$ 100 mil em bens.

Embora tenha outros aliados disputando a corrida ao Senado, Ratinho Junior declarou apoio aberto a Paulo Martins, correligionário de Jair Bolsonaro. Tanto Ratinho Junior quanto Marcel Micheletto são candidatos à reeleição nas urnas de outubro.

O segundo suplente do candidato Paulo Martins é o advogado Juarez Berté (PL), de 66 anos, e com mais de R$ 1 milhão em bens. Berté é ex-vereador de Cascavel pelo PDT. Também tentou ser prefeito da cidade em 2020 pelo PPS (atual Cidadania), mas não se elegeu.

Roberto França da Silva Junior (PCO):

O primeiro suplente do candidato Roberto França da Silva Junior é o professor de Ensino Médio Gilson Mezarobba (PCO), que tem 53 anos e declarou ter R$ 67 mil em bens. Nas eleições de 2018, era Mezarobba quem disputava o Senado pelo PCO. O segundo suplente de Roberto Junior é o aposentado de 68 anos Antonio Cesar Gariza (PCO), com R$ 80 mil em bens. Gariza já figurava como segundo suplente nas eleições de 2018, na chapa encabeçada por Mezarobba.

Rosane Ferreira (PV):

As duas suplentes da candidata Rosane Ferreira integram a chamada “candidatura coletiva” da federação Brasil da Esperança (formada por PT, PCdoB e PV). Ou seja, em caso de vitória, a ex-deputada federal Rosane Ferreira sustenta que as ações do mandato devem ser divididas com mais duas pessoas, a professora Marlei Fernandes, do PT, e a assistente social Elza Campos, do PCdoB. Mas, como não há previsão legal para um “mandato coletivo”, as duas figuram como suplentes, no registro oficial feito na Justiça Eleitoral.

Com 55 anos de idade, Marlei Fernandes é professora e ficou conhecida pela atuação na APP-Sindicato, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná. Ela já foi candidata a deputada federal em 2014. A petista informou ter um apartamento de R$ 574.022,64. A assistente social Elza Campos, de 68 anos, é mestre em Educação e Trabalho pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e já disputou outras eleições. A última foi em 2020, quando não se elegeu para a Câmara de Curitiba. À Justiça Eleitoral, ela declarou ter R$ 78.172,43 em bens.

Sergio Moro (União):

Os suplentes do candidato Sergio Moro na corrida ao Senado são o advogado Luis Felipe Cunha (União), de 43 anos, e o empresário Ricardo Guerra (União), de 43 anos. Primeiro suplente, Cunha declarou ter mais de R$ 7 milhões em bens, incluindo aplicações e investimentos, além de R$ 200 mil de dinheiro em espécie. Também possui três apartamentos – um deles, valendo R$ 3,5 milhões. Além de manter um escritório de advocacia full service em Curitiba, Cunha atualmente exerce a vice-presidência do Instituto dos Advogados do Paraná e é membro da Comissão de Direito Desportivo da OAB no Paraná. Cunha é considerado um braço direito de Moro.

O segundo suplente é uma indicação de um aliado. Ricardo Guerra é irmão do deputado estadual Luiz Fernando Guerra (União), que disputa a reeleição. Ricardo Guerra declarou ter mais de R$ 20 milhões em bens, incluindo uma casa em Pato Branco de R$ 6,1 milhões, além de cotas nas empresas SG Energia & Incorporações (R$ 3,1 milhões), Cittadella (R$ 1,4 milhão), Guerra Consultoria (R$ 1,3 milhão), Green Incorporadora (R$ 778 mil), São Domingos Geração de Energia Renováveis (R$ 652 mil), Indústria Química Guerra (R$ 607 mil), Sementes Guerra (R$ 598 mil). Ele também é dono de uma coleção de camisas raras de futebol, especialmente do seu time, o Coritiba.

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