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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)| Foto: André Coelho/EFE

Aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) buscaram demonstrar otimismo para o segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), embora houvesse na campanha a expectativa de que a eleição pudesse ter sido definida já neste domingo (2) com a vitória do petista. O discurso adotado pelos aliados foi semelhante ao do próprio Lula, que disse ter certeza da vitória em 30 de outubro.

Paralelamente ao discurso de otimismo, a campanha já começou neste domingo (2) a pensar nas estratégias eleitorais para o segundo turno. Alguns focos já apareceram nas primeiras declarações de aliados de Lula e dele mesmo: ampliar o leque de alianças políticas para além da esquerda (numa busca pelo eleitor de centro), reforçar o discurso de que é preciso resgatar a democracia no Brasil e priorizar a busca de eleitores especialmente em São Paulo.

Presidente nacional do PT, a deputa Gleisi Hoffmann (PR), afirmou o segundo turno significa vencer a eleição duas vezes. "Esse resultado [a vitória de Lula no primeiro turno] demostra a confiança do povo e a esperança do povo de ter uma transformação. Ir ao segundo turno significa ganhar duas vezes. Ganhamos no primeiro e ganharemos no segundo", afirmou a petista.

Ainda de acordo com Gleisi, a partir desta segunda-feira (3) a campanha recomeça com o objetivo de ampliar a votação que Lula obteve no primeiro turno. "Se acharam que estávamos tristes e abatidos, erraram. Quero agradecer os partidos, movimento sindical, o movimento social e as personalidades da sociedade brasileira que nos apoiaram até aqui. Cumprimos o objetivo de atingir o número imenso de votos e agora vamos buscar ampliar os votos para o presidente Lula", completou.

Na mesma linha, Geraldo Alckmin (PSB), vice na chapa de Lula, comemorou o resultado que colocou Lula à frente de Bolsonaro. "Estamos em festa. Vamos para o segundo turno com mais de cinco milhões de votos à frente. Vamos salvar a democracia, fazer o Brasil voltar a crescer. Conte conosco [Lula], com o nosso empenho e a nossa garra", completou.

Na Avenida Paulista, onde Lula foi recebido pela militância, a ex-presidente Dilma Rousseff cobrou empenho dos petistas no segundo turno. Afastada por um processo de impeachment em 2016, Rouseff lembrou seu discurso ao deixar o Palácio da Alvorada. "Temos a obrigação de dar a maior votação para o presidente Lula no segundo turno. Esse é o nosso objetivo. Fizemos mais de 56 milhões de votos, e vamos aumentar isso no segundo turno. Vamos reconstruir o Brasil. Quando eu deixei o Palácio da Alvorada eu disse que nós voltaríamos e estamos voltando com o Lula", disse.

Aliados vão em busca de novas alianças no segundo turno

Em nota, a direção do PT afirmou que o segundo turno é mais importante e que será preciso ampliar as alianças. "Nós sabíamos que não seria fácil e estamos prontos para a segunda etapa, que é a mais importante. Agora, vamos falar com mais gente, plantar as nossas sementes e trabalhar ainda mais para eleger Lula presidente do Brasil.

A campanha de Lula pretende começar um mapeamento de todas as alianças que podem ser construídas neste segundo turno. A expectativa do partido do petista é de atrair o apoio de Ciro Gomes (PDT) e de Simone Tebet (MDB).

"Vamos conversar com os nossos adversários, com os nossos amigos, com aqueles que pensam que não gostam de nós, vamos convencê-los que nós seremos a melhor opção para melhorar a vida do povo brasileiro", disse Lula após o resultado das urnas.

Responsável pela comunicação do PT, Jilmar Tatto afirmou que o foco será na disputa entre Lula e Bolsonaro e na eleição de Fernando Haddad (PT) contra o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Repúblicanos) ao governo de São Paulo. Aliado de Bolsonaro, Freita terminou o primeiro turno com mais de 42% dos votos válidos, à frente do petista, que somou cerca de 35%, no maior colégio eleitoral do país.

"Agora é segundo turno e vamos ganhar de qualquer jeito. Vamos para a rua a partir de amanhã e o foco será na campanha de Lula e de [Fernando] Haddad para o governo de São Paulo", defendeu Tatto.

Na mesma linha, Haddad afirmou que o "campo progressista não irá recuar" e defendeu que a campanha abra diálogo com outros setores da sociedade. "Nós temos aí um segundo turno para conversarmos com outros setores da sociedade. O campo progressista está no segundo tudo e vamos retomar as conversas. O Brasil precisa superar esse momento, e nós vamos superar esse momento sobre a liderança do ex-presidente Lula", disse.

Aliado de Lula, o deputado André Janones (Avante-MG) prometeu "entrar para a história" com o trabalho que será feito nas redes sociais. O mineiro foi um dos principais articuladores da campanha de Lula na internet neste primeiro turno. "O que nós vamos fazer nas redes e nas ruas nesse segundo turno vai ficar pra história. Não acabou, mas estamos na frente. Temos mais algumas batalhas pra travar até o trunfo", afirmou Janones.

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