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Notas de real. Imagem ilustrativa| Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

Um dos grandes desafios das empresas é o acesso a linhas de financiamento. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), isto é fundamental para o desenvolvimento e crescimento de uma empresa e, por consequência, à economia do país. Mas, com base em dados nacionais e internacionais, a entidade empresarial constatou que as empresas brasileiras enfrentam uma dupla dificuldade para conseguir recursos para financiar sua expansão e modernização: de um lado, o crédito é caro; do outro, há menor disponibilidade de recursos ofertados.

Para mudar esse quadro, de acordo com a entidade empresarial, três pilares são fundamentais: a redução de custo do crédito bancário e a ampliação de seu acesso; o aprimoramento do crédito não bancário; e o aprimoramento das políticas de crédito público ou incentivado. Essas medidas estão no documento Financiamento: Base do crescimento, entregue pela confederação industrial aos pré-candidatos à Presidência da República.

O foco das ações recomendadas são as indústrias, especialmente as de pequeno e médio porte, que tipicamente têm acesso mais restrito ao crédito. Segundo o Banco Central (BC), em dezembro de 2020, as micro e pequenas empresas respondiam apenas por 18% das carteiras de crédito de instituições financeiras, enquanto as de médio porte representavam 24%. As grandes, por sua vez, eram responsáveis por 58% do crédito tomado.

“Devido a problemas de assimetrias de informação e a menor capacidade de prover garantias, essas empresas enfrentam maiores dificuldades quando buscam capital de terceiros para financiar suas atividades. É fundamental identificar onde estão os principais gargalos e propor medidas para superá-los, de forma a ampliar o financiamento, que é tão necessário para o crescimento econômico do Brasil”, explica Mário Sérgio Telles, gerente-executivo de Economia da CNI.