Para Fernando Haddad (PT), as propostas do governo federal são péssimas no médio e longo prazo e futuramente o brasileiro irá pagar a conta dobrada.
Para Fernando Haddad (PT), as propostas do governo federal são péssimas no médio e longo prazo e futuramente o brasileiro irá pagar a conta dobrada.| Foto: RICARDO STUCKERT/PT

O pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, criticou a proposta para redução de tributos apresentada pelo governo federal para a queda nos preços dos combustíveis. Segundo ele, a medida é péssima no médio e longo prazo e futuramente o brasileiro irá pagar a conta dobrada. Ele declarou também que a venda a Eletrobras é “demagogia”. As declarações foram feitas nesta quinta-feira (9) em entrevista para a rádio Jovem Pan de São Carlos.

“As propostas que estão na mesa são péssimas num médio e longo prazo. Você vai ter um alívio momentâneo (no preço dos combustíveis e da luz), mas depois você vai pagar dobrado. O Bolsonaro, por exemplo, quer vender uma das maiores estatais brasileiras, a Eletrobras, e usar o dinheiro para dar desconto nos combustíveis só até o final do ano, que é até quanto o dinheiro vai durar. Ele vai, portanto, vender uma empresa inteira, que tem décadas de existência, para fazer demagogia durante alguns meses. É quase um estelionato eleitoral. E é só até o dia 31 de dezembro, porque o dinheiro acaba. A sua conta de luz vai aumentar assim que um grupo privado assumir a Eletrobras. Como aconteceu com todas as privatizações do setor elétrico e de telecomunicações”, afirmou.

“Como é que você pode querer vender um patrimônio público para dar um desconto na gasolina até as eleições, até o fim do ano eleitoral, e depois você não sabe qual é a política pública que vai ter vigência no país”, disse Haddad.