Incidente de violência ocorreu durante ato do ex-presidente Lula na Cinelândia, no Rio de Janeiro
Incidente de violência ocorreu durante ato do ex-presidente Lula na Cinelândia, no Rio de Janeiro| Foto: Ricardo Stuckert/PT

A Justiça converteu em prisão preventiva - sem data para acabar - a prisão de André Stefano Dimitriu Alves de Brito, de 55 anos. Ele foi detido na última na quinta-feira (7), por suspeita de lançar explosivos em um ato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Rio de Janeiro.

A decisão da Justiça aconteceu neste sábado (9) em uma audiência de custódia no Rio de Janeiro. Em sua decisão, a juíza Ariadne Villela Lopes considerou que André Stefano praticou um ato que colocou em risco a "integridade das pessoas".

"Atos dessa natureza mostram-se graves, principalmente por expor a risco concreto a integridade física de diversas pessoas, uma vez que é fato notório que no ato público em que supostamente foi praticada a conduta imputada ao custodiado havia milhares de pessoas, em aglomeração, o que dificulta a dispersão das pessoas que lá se encontravam", decidiu.

Na audiência, André Stefano se apresentou como pescador. Ele disse ser hipertenso e ter labirintite. A sua defesa solicitou à Justiça que a prisão em flagrante fosse convertida em provisória. No entanto, a magistrada considerou que a conversão da prisão em preventiva foi necessária pela violência ocorrida em um ato público.

"O Brasil encontra-se em período pré-eleitoral de eleições gerais, momento em que os ânimos podem se acirrar, mostrando-se necessário o desestímulo de práticas de natureza violenta, não apenas para proteção das pessoas - objetivo primordial da intervenção do Estado-juiz -, mas também para garantia de manifestações livres de pensamento, que podem restar intimidadas por práticas violentas", escreveu em sua decisão.

Após o incidente no Rio de Janeiro, a campanha de Lula reforçou o esquema de segurança do ex-presidente. No final de maio, a Polícia Federal anunciou que vai investir R$ 57 milhões na segurança dos candidatos à Presidência da República nas eleições deste ano. Além do investimento, pelo menos 300 agentes serão designados para cuidar da segurança dos presidenciáveis. Os policias devem passar por um curso específico para exercer essa função.