Nova urna eletrônica
Até então as novas urnas não tinham passado pelo TPS. Os novos equipamentos serão utilizados em 39% das seções eleitorais do país.| Foto: Abdias Pinheiro/TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou na noite de quinta-feira (14) que as novas urnas eletrônicas (UE2020) serão submetidas a testes de segurança realizados por professores e pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Entre os meses de julho e agosto, os equipamentos passarão por fiscalização semelhante àquela feita na urna eletrônica 2015 (UE 2015), versão que foi submetida às investidas dos participantes dos Testes Públicos de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação (TPS) para aferir a segurança do hardware e do software do equipamento.

Essa foi uma das três propostas consideradas fundamentais para o sistema eleitoral e que foram apresentadas ontem pelo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, durante audiência pública promovida na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle do Senado. Até então as novas urnas não tinham passado pelo TPS. Os novos equipamentos serão utilizados em 39% das seções eleitorais do país. Outras duas iniciativas foram defendidas pelo Ministério da Defesa.

No comunicado, o Tribunal alegou que as novas urnas eletrônicas começaram a ser entregues em dezembro de 2021 e, por esse motivo, não foram colocadas à prova no último TPS, cujo edital foi lançado em agosto daquele ano. “Vale lembrar que todos os modelos de urnas contam com os mesmos programas, que passam por auditorias antes, durante e depois das eleições”, diz o órgão.

De acordo com o TSE, parte do plano de testes já está traçado. Segundo o coordenador de Tecnologia Eleitoral do Tribunal, Rafael Azevedo, por meio de ataques direcionados ao conjunto de programas (softwares) e equipamentos (hardware) que compõem o sistema eleitoral, os estudantes tentarão quebrar o sigilo ou alterar a destinação dos votos. “Eles vão executar os testes que já foram feitos em todos os Testes Públicos de Segurança e mais alguns que julguem necessários para poder verificar a segurança do modelo 2020”, diz o órgão.