O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desistiu da pré-candidatura ao Planalto.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desistiu da pré-candidatura ao Planalto.| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou nesta quarta-feira (9) que não será candidato à Presidência da República. Em discurso feito na tribuna do Senado, o parlamentar informou que irá se dedicar ao Legislativo. "Tenho que dedicar toda a minha energia a conduzir o Senado neste ano fundamental para a tão desejada recuperação e reconstrução do nosso país. O cargo que me foi confiado por meus pares está acima de qualquer interesse pessoal ou de qualquer ambição eleitoral", afirmou Pacheco.

O senador agradeceu o convite para representar o partido na disputa pelo Planalto feito pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab. "Agradeço profundamente ao convite para ser candidato a presidente da República e à confiança depositada em mim pelo meu partido, principalmente pelo nosso presidente, Gilberto Kassab, um dos mais preparados e responsáveis líderes políticos da atual geração. Agradeço também a todos que, por um breve período, compartilharam comigo desse sonho", disse.

A desistência de Pacheco já era esperada há algumas semanas. Nesta terça-feira (8), ele chegou a dizer que nunca tinha afirmado uma candidatura à Presidência. "Na verdade, eu nunca afirmei uma candidatura à presidência da República. O meu partido, o PSD, deseja ter candidatura própria. Eu recebi um convite do presidente do partido, da Executiva e dos parlamentares para uma candidatura pelo PSD. E é uma avaliação que ainda não foi feita plenamente por mim", afirmou na terça.

Em outubro do ano passado, Pacheco se filiou ao PSD e já era tratado como pré-candidato ao Planalto em 2022. No entanto, a pré-candidatura do senador perdeu força e o partido já avalia o nome do governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), que trocaria de sigla, para ocupar a vaga. Além disso, o PSD pode optar por apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano.

"Meus compromissos como presidente do Senado e com o país são urgentes, inadiáveis e não permitem qualquer espaço para vaidades. Por isso, afirmo ser impossível conciliar essa difícil missão de presidir o Senado com uma campanha presidencial", ressaltou o presidente do Senado em seu discurso.

Pacheco defendeu ainda a união do país sem radicalismos. "Vou lutar, dentro e fora do Senado, para que as eleições gerais deste ano tenham como resultado o fortalecimento institucional e democrático do país. Qualquer tentativa de retrocesso democrático deverá ser rechaçada com veemência", afirmou.