Quem é Rodrigo Neves, pré-candidato do PDT ao governo do Rio de Janeiro
Questionado se era favorável ao Regime de Recuperação Fiscal nos termos correntes, Neves falou sobre a possibilidade de um novo acordo.| Foto: Divulgação/PDT

O candidato ao governo do Rio de Janeiro, Rodrigo Neves (PDT), afirmou que o pacto fiscal acordado entre o governo e a União foi importante para o estado, mas defendeu uma repactuação no acordo para que o poder executivo estadual possa voltar a fazer investimentos. Neves participou nesta segunda-feira (29) de uma sabatina promovida pelos veículos Valor Econômico, O Globo, Extra e CBN.

Questionado se era favorável ao Regime de Recuperação Fiscal nos termos correntes, Neves falou sobre a possibilidade de um novo acordo. "O Rio sofre a pior crise econômica e social da sua história. Nenhum outro estado perdeu tantos empregos como o Rio nos últimos cinco anos. O problema fiscal do Rio deriva muito dessa crise e da falta de uma boa gestão no estado. O acordo de recuperação fiscal é necessário, evidentemente, porque em 2017, quando o acordo foi feito, o Rio, todos nós lembramos, tinha deixado de pagar salários de policiais, de médicos e professores, e esse acordo, que está em vivência até hoje, é importante porque sem ele o Estado estaria sem pagar salário até os dias de hoje”, disse.

“O que é grave é que desde 2017 quando foi feito o acordo de recuperação fiscal, o Rio deixou de pagar em média R$ 6 bilhões ou R$ 7 bilhão para a União, por ano. Entretanto, nada foi feito pelo governo Cláudio Castro ou do Witzel para melhorar e modernizar a gestão do estado no sentido de incrementar receita própria ou atividade econômica”, disse. “O que nós precisamos fazer é conversar com o próximo presidente da República uma repactuação desse programa de recuperação fiscal, que precisa ser mantido pelo próximo período, para que o Rio possa fazer investimentos, sobretudo para que o Rio possa se profissionalizar e profissionalizar a administração do Estado”, afirmou. “

Neves também criticou seus principais adversários, Marcelo Freixo (PSB) e Claudio Castro (PL). Segundo ele, Freixo tem procurado esconder nesta campanha tudo o que sempre defendeu, citando a liberação das drogas. “Ele (Freixo) sempre foi um cara meio artificial, mas ele tem se transformado num fake nessa campanha. Ele tá escondendo tudo o que ele disse e pregou”, alegou Neves. “A vida toda pregou a liberação das drogas, aí recentemente numa mídia disse que mudou, que não é mais a favor. Ele sempre se colocou na defesa dos direitos humanos, agora tem ficado calado diante das chacinas inaceitáveis que estão acontecendo no Rio de Janeiro”, afirmou Neves.

Sobre o atual governador, o pedetista declarou que a suspeita de criação de cargos secretos na gestão do governador Claudio Castro (PL) na Fundação Ceperj (Centro de Estudos e Pesquisas do Rio de Janeiro) é uma tentativa de comprar a eleição, segundo ele, “diante da ausência completa de realizações que poderiam ter melhorado a vida do povo.”