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O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Claudia Bucchianeri suspendeu a propaganda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que acusava o presidente Jair Bolsonaro (PL) de fazer "rachadinha". A prática de rachadinha se refere ao desvio de salários de assessores políticos. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.

A inserção, que foi veiculada no último dia 15, também citava cheques depositados por Fabrício Queiroz à primeira-dama Michelle Bolsonaro. Além disso, a propaganda falava que a mãe e a avó da primeira-dama tiveram problemas na Justiça.

A ministra afirmou que uma decisão recente da Corte eleitoral suspendeu propagandas que chamavam Lula de "ladrão" e "corrupto". "Se é assim, também não se pode imputar ao outro candidato a pecha de ser ligado a ‘milicianos’ e ‘assassinos de aluguel’, sem falar na igual imputação, descasada de lastro fático idôneo, de participação em crime de violência e de corrupção", escreveu Bucchianeri.

"Com todo o respeito devido, há inequívoca veiculação de ofensas pessoais que desbordam da crítica política, mesmo que ácida, rompendo por completo todos os limites já estabelecidos pela jurisprudência desta Corte para o pleito de 2022", afirmou a ministra.