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Lula
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é candidato ao Palácio do Planalto| Foto: Ricardo Stuckert/PT

O ex-presidente Luiz Inácio da Lula da Silva, candidato à Presidência da República pelo PT, afirmou que não acredita na possibilidade de um hipotético golpe por parte do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, porque as Forças Armadas não apoiam o rompimento da democracia. A declaração foi dada em entrevista ao UOL. Parlamentares da oposição ao presidente têm repetido com frequência essa tese de golpe, a qual agora foi desacreditada pelo petista.

"Acho que ele vai tentar fazer o que quer fazer. [Mas] a gente deve ter em conta que militares são mais responsáveis que Bolsonaro... Convivi com militares e não tenho queixa do comportamento das Forças Armadas. Mantive oito anos de convivência da forma mais digna possível", disse Lula.

"Não acredito em golpe, não acredito que as Forças Armadas pensem nisso. Se ele começar a brincar com democracia, ele vai pagar caro", afirmou o petista ao UOL.

Na mesma entrevista, Lula criticou Bolsonaro pelos questionamentos ao sistema eleitoral brasileiro. Para o petista, quem foi eleito por meio da votação com urna eletrônica não deveria levantar suspeição com relação ao sistema.

Em uma das declarações sobre o tema, em 18 de julho, Bolsonaro questionou a segurança do sistema eleitoral brasileiro durante em evento com embaixadores no Palácio da Alvorada. O presidente da República afirmou que, segundo uma investigação, um hacker teria invadido o sistema do TSE e, por oito meses, teve acesso a "toda a documentação do TSE" e "toda a base de dados". Bolsonaro alegou também que o invasor teve acesso à senha de um ministro da Corte eleitoral, "bem como de outras autoridades".

Mas o TSE tem rebatido essa e outras declarações de Bolsonaro sobre a segurança das urnas. A Corte diz que a tentativa de ataque não violou a segurança dos equipamentos. Cita várias agências de checagem que, com base na opinião de especialistas, afirmam que a invasão de 2018 não implicou em fraude no registro ou contagem dos votos.

Da mesma forma, o TSE contesta a afirmação de que um hacker poderia excluir nomes de candidatos das urnas. “Em nenhum momento as urnas eletrônicas são conectadas à internet, nem possuem placa que dê acesso a outro tipo de conexão em rede”, diz o tribunal.

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