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Prevenção

Criança no carro exige cuidados redobrados

Ana Carolina e o filho, Davi: segurança desde a saída da maternidade | Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo
Ana Carolina e o filho, Davi: segurança desde a saída da maternidade (Foto: Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo)
Veja que os acidentes de trânsito estão entre as causas principais de morte |

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Veja que os acidentes de trânsito estão entre as causas principais de morte

No dia 30 de agosto a organização não governamental Criança Segura fará uma mobilização nacional para lembrar o dia da prevenção de acidentes com meninos e meninas. E entre as principais causas de morte nessa faixa etária estão as colisões no trânsito. Atitudes simples, como utilizar corretamente a cadeirinha e o cinto de segurança, podem evitar acidentes fatais. Em 2005, no Brasil, foram 2.326 mortes e quase 20 mil hospitalizações em função da negligência dos pais no trânsito.

Especialistas ressaltam a importância do uso de equipamentos de segurança específicos porque os meninos e meninas estão mais vulneráveis nos veículos. Os cintos de segurança foram feitos para adultos. Sem a cadeirinha, o cinto pode não segurar o bebê ou sufocá-lo. Na primeira opção, a criança literalmente voa pelo carro. Uma colisão desse gênero pode causar danos irreversíveis à medula. Supervisor de Segurança Viária do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil), José Antônio Oka diz que, enquanto adultos ficam protegidos com o cinto e têm uma estrutura corpórea mais firme, os filhos que estão no banco de trás ficam expostos de todas as formas. "A força com que a criança será atingida em uma velocidade de 70 quilômetros por hora pode ser 20 vezes o seu peso", estima.

Estudos da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) mostram que as chances de fraturas na coluna, cabeça e ferimentos abdominais diminuem pela metade quando a criança está na cadeirinha. A coordenadora de projetos da Criança Segura, Ingrid Stammer, diz que os pais devem observar a exigência legal, já que agora o uso da cadeirinha é lei.

Ingrid explica que há três fases até o filho poder utilizar somente o cinto como proteção. A primeira vai do nascimento até que a criança tenha entre 9 e 13 quilos. Nesse período, deve-se usar o chamado "bebê conforto" e deixar a criança com o rosto virado para o banco. "Nessa idade, o corpo não tem sustentação e uma lesão na coluna pode ser fatal", diz Ingrid. Até os 18 quilos, usa-se a cadeirinha, e depois dos 4 anos coloca-se o assento de elevação. Somente depois dos 10 anos é possível deixar esses equipamentos de segurança. A coordenadora de projetos diz que o impacto de uma colisão na criança pode chegar a meia tonelada.

Rached Hajar Traya, chefe do pronto-socorro do Hospital do Trabalhador e membro da Sociedade Pan-Americana de Trauma, diz que a única forma de garantir a segurança é obedecer à regra. "A criança se transforma em um objeto sem controle. Por ser menor, transita no carro e é arremessada para o painel ou para fora do veículo", afirma.

A professora Ana Carolina da Costa Sezanowski sempre levou o filho Davi, de 9 meses, na cadeirinha. Já na saída da maternidade o carro da mãe estava equipado. Ela seguiu todas as orientações de segurança e, por isso, nunca teve sustos no trânsito. "Não saímos sem o Davi estar protegido. Não dá para arriscar. Até minha maneira de dirigir mudou com ele. O cuidado é redobrado", conta.

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