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Manifestação

Protesto cobra justiça em morte de estudante

Estudande de Medicina era passageira de um Celta que foi co­­lhido por um Ford Ka que, segundo testemunhas, participava de um racha

Cascavel - Alunos do Curso de Medicina da Unioeste, em Cascavel, realizaram uma manifestação na ma­­nhã de ontem para lembrar um mês da morte da estudante Camila Bortolini Taques, 19 anos, em um acidente de trânsi­­to na madrugada de 1.º de agosto. A manifestação também pe­­diu paz no trânsito e co­­brou jus­­tiça. A estudante do 1.º ano de Medici­na era passageira de um Celta que foi co­­lhido por um Ford Ka, conduzido por Tiago Alves da Silva, 18 anos.

No dia do acidente, testemunhas relataram que o Ford Ka participava de um racha com um automóvel Marea. Tanto Tiago quanto o condutor do Celta, José Gustavo Batista Mo­­reira, 20 anos, não tinham habilitação. O delegado José Carlos Guglielmeti, que investiga o ca­­so, não quis dar detalhes sobre as investigações, mas afirmou que o inquérito está praticamente concluído. No final da tarde de ontem, o rapaz que teria causado o acidente prestou depoimento à Polícia Civil.

Familiares e amigos de Ca­­mila acompanham o desenrolar das investigações. "A Ca­­mi­­la morreu sem saber por quê. Sim­­plesmente estava cruzando o si­­nal e um motorista irresponsável, sem habilitação cruza a mais de 130 km por hora, se­­gundo o relato de testemunhas. A Camila era uma menina sonhadora e tinha planos de ser pediatra", diz Elian­dro Fonseca Guimarães, primo da vítima.

A mobilização teve início no cruzamento da Rua Cuiabá com a Avenida Carlos Gomes, local do acidente. Os estudantes, usando camisetas com o no­­me de Camila, faixas e balões brancos, seguiram em passeata até o calçadão da Avenida Brasil onde realizaram um ato público em frente à Catedral Nossa Senhora Aparecida.

Violência

No ano passado, uma pesquisa da Rede de Informação Tecnoló­gica Latino-Americana (Ritla) colocou Cascavel em 30.º lugar entre as cidades com maior nú­­mero de mortes por acidentes no país. A pesquisa levou em consideração números de certidões de óbitos registrados entre 2002 e 2006. Em 2006 morreram 156 pessoas por acidentes na cidade. Londrina, que tem quase duas vezes a população de Cascavel, aparece em 33.º lugar na pesquisa, com 152 mortes no mesmo ano. Ontem foi lançada a 1.ª Cam­panha Regional de Redução de Aci­­dentes no Trânsito, em Cas­cavel, Foz do Iguaçu e Toledo.

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