Em todo o Brasil, e também no exterior, já são mais de 1000 corredores/doadores cadastrados. | Guilherme Dala BarbaSMELJ
Em todo o Brasil, e também no exterior, já são mais de 1000 corredores/doadores cadastrados.| Foto: Guilherme Dala BarbaSMELJ

Realizada no domingo dia 19, a conhecida e respeitada Maratona de Curitiba contou com uma atração bem diferente das outras edições. Foi a primeira maratona com um grande número de atletas correndo pela causa da doação da medula óssea. A equipe The Hardest Run tinha mais de 600 atletas correndo em todas as categorias (5, 10, 21 e 42km). Para Marcelo Alves, embaixador da causa e corredor número #000.001, é uma alegria ver a adesão de tantas pessoas num espaço de tempo tão pequeno. “O lançamento oficial do projeto aconteceu apenas três dias antes da maratona e o número de inscritos não para de crescer”, comemora Marcelo. Em todo o Brasil, e também no exterior, já são mais de 1000 corredores/doadores cadastrados. 

Um dos corredores da equipe The Hardest Run era o gerente administrativo Mauricio Silva, que fez questão de colocar o número vermelho em destaque. “Queria que as pessoas identificassem que eu tinha um número especial e se sensibilizassem com a causa”, conta Mauricio que ficou sabendo da iniciativa por meio de matérias publicadas na Gazeta do Povo e se sentiu privilegiado. “Correr já traz uma satisfação pessoal. E quando você corre por uma boa causa como essa, é muito gratificante. É muito especial imaginar que eu posso ajudar a divulgar um projeto que está começando agora”, completa. 

Para ele, a campanha não parou na maratona e o número vermelho seguirá em todas as corridas que participar. Mauricio planeja, ainda, usar a #thehardestrun com frequência. “Quero que a divulgação aumente, que as pessoas entendam a importância de serem doadoras de medula óssea”, finaliza o atleta que correu 10km. No percurso de 42km estava o empresário Andre Susi, que correu a maratona pela segunda vez. André conta que não era doador de medula, mas conheceu a causa e se inscreveu. Hoje ele influencia outras pessoas a fazerem o cadastro. “A inciativa é muito bacana e foi bom fazer parte disso”, conta André que pretende divulgar o número nas redes sociais

Maurício: “E quando você corre por uma boa causa como essa, é muito gratificante”Foto7

A Maratona também recebeu participantes mais que especiais. Como Matheus, Noah, Gabrielli e Kauanny, que passaram por tratamentos complicados e se recuperaram graças a doações de medula óssea. Kauanny passou 10 meses no Hospital Nossa Senhora das Graças para tratar a leucemia quando tinha 12 anos. Um doador dos Estados Unidos e um do Brasil foram essenciais para a cura dela. Agora, aos 16 anos, ela leva o número #000.000 da equipe The Hardest Run. No domingo, ela completou a prova de 5 quilômetros ao lado de outros pacientes que superaram suas doenças. 

Dados da Maratona 

Segundo a Global Vita, organizadora do evento pela primeira vez, foram 6,5 mil inscritos na maratona, sendo 40% de pessoas vindas de todos os estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal, e de cinco países: Tanzânia, Quênia, Estados Unidos, Bahrein, Argentina e Paraguai. “Além do esporte, nós procuramos valorizar a cultura, o turismo da cidade. E as pessoas entenderam o chamamento de #NossaMaratona que foi a valorização da principal corrida de rua de Curitiba e uma das mais importantes do Brasil”, disse o diretor de negócios da Global Vita, Arthur Trauczynski. Não só uma das mais importantes, como também uma das mais difíceis. E exatamente por esse motivo que a jornalista Maria Fernanda Takahashi, que já corre há três anos, se preparou ao longo de 2017 para o revezamento de 21km. “Espero terminar bem”, disse Maria Fernanda, que se tornou doadora de medula a partir do chamamento para a equipe The Hardest Run. “Eu já sou doadora de sangue, mas não tinha cadastro no Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea). Foi muito fácil me inscrever e estou feliz em poder impactar pessoas e movimentar para fazer o bem”, completa a corredora. Dados do Redome mostram que no Brasil, atualmente, há mais de quatro milhões de inscritos no cadastro nacional. Ainda assim, por conta das dificuldades em encontrar compatibilidade, esse o número, apesar de alto, é insuficiente. 

A Maratona também recebeu participantes mais que especiais: pacientes que venceram a corrida contra o câncerDivulgação

Faça parte você também 

Para fazer parte da equipe The Hardest Run basta se cadastrar no http://www.thehardestrun.com.br/ e levar onde puder. A pessoa recebe um número exclusivo e que será dela para sempre, para usar em provas de corrida que ela participar. Outras sugestões são: 

• Contar para amigos e familiares sobre o projeto, convidá-los para fazer parte e incentivar a contribuir com a causa, cadastrando-se como doador de medula ou como doador de plaquetas e granulócitos para pacientes. 

• Postar e compartilhar informações do projeto em suas redes sociais. Quando fizer postagens sobre corrida utilizar sempre a #thehardestrunners para reforçar que faz parte de uma equipe. 

• Se cadastrar como doador de medula óssea, plaquetas e granulócitos. 

• Ficar ligado nos canais do grupo, contribuir e/ou mobilizar pessoas quando chamados para entrar em ação. 

• Participar dos eventos e corridas temáticas.