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Que pressão é essa? Dias atrás o Coritiba estava na pauta obrigatória de todos os veí­culos de comunicação, ocupando espaço como sério candidato à conquista da Copa do Brasil. E agora, nem bem um mês depois, já é alvo de saraivada de críticas por se aproximar perigosamente da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.

É assim que funciona o futebol. É movido por emoções, por paixões cegas, que relevam situações em troca de bom retorno. Um gol marcado em São Paulo, um erro a menos do árbitro e a história poderia ter sido outra. E a glória de uma conquista encobrindo as cobranças que se tornam cada vez mais insistentes.

Uma derrota hoje, para o Vasco, ativa o alerta em todos os setores do clube. E seria um resultado absolutamente normal, em se tratando de um dos primeiros colocados do campeonato, jogando em casa, onde invariavelmente se dá bem. Só que o Coritiba, hoje, não pode se dar ao direito de se contentar com a lógica e tem, sim, o dever de tentar revertê-la. Mesmo porque também perdeu a lógica de suas atuações em casa, que faziam o contraponto de suas exibições nada satisfatórios longe do Alto da Glória.

Se as campanhas anteriores eram equilibradas por esses preceitos, agora a gangorra pende contra, tantos foram os pontos perdidos em casa, onde nem a torcida conseguiu fazer valer sua força de pressão emocional. E esse prejuízo caseiro só pode ser recuperado com pontos obtidos como visitante, o que, nos últimos tempos, não tem sido nada comum na recente trajetória coxa.

Há atenuantes, é bom que se diga. A começar pela isenção de culpa que se deve dar ao técnico Marcelo Oliveira, que tem cada vez mais dificuldade para montar um time competitivo. De repente, de um dia para o outro, ficou sem Rafinha, agora Emerson e, quando finalmente encontrou um segundo volante para poder sair jogando, perdeu Sérgio Manoel. E as opções de troca, cá entre nós, não são nada interessantes.

O Coritiba precisa encontrar forças para reagir. Mesmo que ainda não conte com todos os seus titulares. Ou a pressão poderá sair do controle, o que, positivamente, só atrapalharia as jornadas futuras.

Instabilidade

Atlético e Paraná Clube competem para mostrar quem é mais instável na Segunda Divisão. Quando se imagina que o time pode ganhar, perde. Quando há preocupação com possível derrota, ganha. Na rodada de terça-feira, os tricolores dominaram o jogo em Ipatinga e perderam em dois ataques dos locais. Justo no momento em que mais se acreditava na possibilidade de chegarem próximos ao topo. Foram ultrapassados pelo Atlético, que jogou mal, mal mesmo, mas chegou à vitória graças ao salvador de sempre, Paulo Baier. O futuro? Continua incerto para ambos.

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