Aquilino Romani: "Não é o torcedor quem ficou devendo, mas sim a diretoria"

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O presidente do Paraná Clube, Aquilino Romani, recebeu nesta quarta-feira (8) a reportagem da Gazeta do Povo para falar sobre a temporada Tricolor e os projetos e objetivos para 2011. Alguns dos pontos abordados pelo dirigente foram certa perseguição da imprensa contra o clube e um débito (bem maior que os atrasos de salários) muito grande com o torcedor paranista, de quem eximiu toda a culpa pelo desempenho do time.

Se os compromissos financeiros com jogadores e funcionários foram honrados (mesmo que às duras penas), aquele assumido com o torcedor no início da temporada ainda está pendente de acerto. Mesmo diante da baixa média de público durante o ano, Romani não culpa a torcida pela ausência das arquibancadas do Durival Britto e Silva. "O torcedor não está devendo. É a diretoria quem está", disse. Romani lembrou que o time chegou a atingir a marca de 3,8 mil sócios antes da parada do campeonato para a Copa do Mundo.

Para tentar resgatar essa confiança e motivar o torcedor a se associar, Romani prometeu novidades para 2011. "O trabalho de marketing e da área comercial foi feito. Precisamos dar mais estrutura para o torcedor. Há um projeto em andamento para cobrir e encadeirar toda a Vila Capanema. Tenha certeza de que vamos trabalhar forte para que isso aconteça em 2011. Com as melhorias e com o time bem em campo, a torcida vem", completou, lembrando que em apenas quatro jogos o time teve lucro na temporada.

Balanço da temporada

Romani reconheceu que alguns equívocos foram cometidos ao longo da temporada, mas fez questão de exaltar que a classificação para a Série A só não veio por detalhes. "Montamos barato, mas bom também. Tanto é que fomos líderes antes da Copa do Mundo. Depois de perdermos a dupla de zaga, atrasamos os salários e começamos a cair", disse.

Apesar de reconhecer que os objetivos não foram conquistados, o presidente paranista disse a imprensa pegou muito no pé do time e pintou uma "terra arrasada" que nunca houve em Vila Capanema. "O importante é colocar que em nenhum momento corremos risco e tivemos próximos de ir para a terceira divisão. Criaram essa expectativa, mas nosso time sempre foi superior a pelo menos dez times. Nunca falei sobre isso e o máximo que chegamos a ficar foi quatro ou cinco pontos acima do 17º colocado. Não subimos por detalhes".