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Na partida que marcou o recorde de público do Campeonato Brasileiro deste ano, a diferença entre o Atlético e o Flamengo se pareceu com o número de flamenguistas e atleticanos presentes ao Maracanã, ontem à noite. De um lado, 87.906 pessoas (somados os rubro-negros cariocas na arquibancada e no gramado), e do outro, o Furacão com pouco mais que seus 11 jogadores em campo.

E assim, muito inferior, o Atlético foi derrotado por 2 a 0. Resultado que poderia ser considerado normal, diante de um adversário em busca da vaga para a Libertadores – que acabou confirmada. Na briga pela Sul-Americana, porém, o Furacão vê complicado o seu retorno à competição internacional.

Com 51 pontos, em 11.º lugar – última posição que garante o ingresso –, torce para que Atlético-MG e Figueirense, ambos com 49 pontos, não vençam seus compromissos na quarta-feira, contra o Goiás e o Náutico, respectivamente, para não ser ultrapassado.

Na última rodada, o Rubro-Negro pega o São Paulo na Arena, com os paulistas de férias e time reserva. E também terá de quebrar a cabeça para montar a equipe, já que os titulares Claiton, Ferreira e Alex Mineiro estarão de fora em virtude do terceiro cartão amarelo. "Teremos que reestruturar o time na semana de treinamento", revelou o técnico Ney Franco.

Como trunfo, o bom retrospecto na Baixada, onde o Atlético venceu sete e empatou uma das últimas oito partidas. "Temos que prevalecer dentro de casa, manter a mesma competência. Vamos dar tudo e confirmar a ida à Sul-Americana, que é o nosso objetivo", afirmou Franco.

Para tanto, o Furacão terá que jogar muito mais do que o que apresentou no Rio de Janeiro. Sufocado pelo Flamengo e o grito da multidão nos minutos iniciais, suportou a desvantagem sem tomar um gol por um capricho do futebol – e a cabeçada de Léo Medeiros que parou na trave. Placar fechado que permaneceu durante toda a etapa inicial, com o Flamengo sempre mais perigoso.

Para os 45 minutos finais, a promessa atleticana era voltar com a mesma consistência defensiva de boa parte do primeiro tempo e chegando mais ao ataque. Não deu tempo. Aos quatro minutos, Renato Augusto fez 1 a 0. Com o Maracanã em festa, o Flamengo voltava a jogar com mais de 80 mil pessoas de superioridade como no início.

Assim, naturalmente, chegou aos 2 a 0 com Juan. Gol que os rubro-negros paranaenses poderão reclamar, já que o lateral-esquerdo estava impedido. Festa maior ainda nas arquibancadas, graças à iminente classificação do Mengo para a Libertadores. A alegria da massa chamou mais a atenção do que a bola rolando até o apito final.

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