Dupla Atletiba e órgãos de segurança avançam na cruzada contra ‘brigões’

• 0

Uma ferramenta de identificação biométrica (impressões digitais) de torcedores foi disponibilizada para os clubes paranaenses implementarem em seus estádios.

O convênio entre o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (SESP), o Instituto de Identificação do Paraná, o DETRAN-PR e a CELEPAR, foi assinado nesta terça-feira (18), e ficará à disposição de Atlético, Coritiba e Paraná ou qualquer organizador de evento.

Por meio do confronto das informações, com a base de dados dos órgãos públicos, será possível reconhecer torcedores que tenham mandado de prisão expedido ou alguma ordem de restrição decretada no âmbito do Juizado do Torcedor.

De acordo com o secretário da SESP, Wagner Mesquita, o uso correto e a interação entre as informações entre os órgãos é essencial para diminuir os episódios violentos que acontecem por todo o país.

“O maior ganho é a prevenção. O indivíduo, já sabendo que o grau de exigência para que ele adentre o estádio será maior e que sua identificação será confrontada com dados policiais e judiciais, trará imediantamente um reflexo no aumento de grau de segurança dentro do evento e fora também”, avaliou Mesquita.

Tire suas dúvidas sobre a estratégia de segurança

Como vai funcionar?

O torcedor terá de colocar sua digital no aparelho disponível nas catracas. Com isso, haverá verificação da ficha policial da pessoa. Será possível reconhecer pessoas que eventualmente tenham mandado de prisão expedido ou alguma ordem de restrição decretada no âmbito do Juizado do Torcedor. Com isso, vai haver um sinal vermelho e verde. Se o verde aparecer, a pessoa está verificada e poderá entrar no estádio.

Quem vai participar?

O sistema estará à disposição dos clubes paranaenses e qualquer organizador de eventos nos estádios da capital paranaense.

Quanto vai custar para os clubes?

Não foi revelado o investimento que os organizadores teriam que arcar com essa identificação biométrica. O Coritiba, por exemplo, apoia a iniciativa, mas pretende verificar sua viabilidade econômica.

A partir de quando poderá ser usada a estratégia?

O Atlético já projeta utilizar esse instrumento a partir de agosto. No domingo (13/08) o Furacão recebe o Bahia pela 20ª rodada do Brasileirão e só volta a atuar partida na Arena da Baixada no clássico contra o Coritiba, pela 23ª rodada, depois de enfrentar Grêmio e Flamengo como visitante.

O Coxa, representado pelo segundo vice-presidente Gilberto Griebeler, ainda não confirmou se vai adotar o processo. Entretanto, a expectativa dos orgãos públicos é que o Alviverde tenha o procedimento, pelo menos com a torcida organizada, até o fim deste ano na Série A.

Já o Paraná não teve nenhum representante no evento e ainda não se posicionou ao projeto.

O que diz os clubes?

O presidente do Conselho Administrativo do Furacão, Luiz Sallim Emed ressaltou que o Rubro-Negro já visa uma melhora na segurança desde 2015, sendo um legado da Copa do Mundo de 2014 e destacou a importância dos setores públicos e privados trabalharem juntos. “Isso vai ser muito importante para a segurança de toda a sociedade para que o estádio seja um local de entretenimento e de encontro das famílias. O Atlético está determinando que, a partir do dia 15 de agosto, teremos condições de fazer a biometria em todo o estádio”, finalizou Sallim.