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Muricy Ramalho se apresentou em Curitiba no último domingo. | Insperiência/Divulgação
Muricy Ramalho se apresentou em Curitiba no último domingo.| Foto: Insperiência/Divulgação

Muricy Ramalho sempre teve fama de mal humorado. Fama que ele mesmo alimentou com frases como: aqui é trabalho! Hoje ele usa o lema para rir de si mesmo e contar as muitas experiências que tem no futebol. Ao lado do ex-jogador e também comentarista Denilson, Muricy veio a Curitiba no último domingo para o talk-show “Aqui é trabalho & muita resenha”.

“Está sendo ótimo. Eu me divirto mais que os outros, porque o Denilson é um cara divertido, um cara do bem. Comecei a trabalhar com ele com 12 anos de idade e ele não mudou nada praticamente”, afirma o comentarista do SporTV.

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Muricy tem tido a chance de observar o futebol brasileiro por um outro ângulo e não esconde a admiração pelo trabalho realizado por Fernando Diniz no comando do Atlético-PR. O desempenho dos técnicos da atualidade, a nova vida fora dos gramados e as chances do Brasil na Copa do Mundo da Rússia foram temas de um bate-papo exclusivo dele com a Gazeta do Povo . Confira:

Como tem sido a vida longe dos gramados?

Eu nunca tive essa vida, fiquei muitos anos dentro das quatro linhas e a gente se perde... acha que não existe vida fora do futebol e tem! Estou convivendo com os meus amigos novamente, com a minha família principalmente e tenho mais liberdade para fazer as coisas, a pressão é muito menor do que quando você está treinando, então está ótimo.

E a interação com o público, como comentarista e com as apresentações no teatro?

Para mim está sendo muito bom, porque é um público diferente, estou conhecendo novas pessoas. E estou fazendo uma coisa que é trabalhar em televisão, que eu nunca fiz. Estou aprendendo muito, está sendo muito legal. Sem contar que estou no meu meio ainda, eu saí do futebol mas eu falo de futebol nos jogos, falo de futebol no teatro, então está sendo tranquilo.

Os técnicos brasileiros sofrem demais, porque nunca têm um time que vai ficar para o ano todo, e eles também não têm tempo para trabalhar porque já vão logo mandá-los embora se eles não ganharem, então é sempre a mesma dificuldade

O que acha do trabalho dos treinadores nesse início de Brasileirão?

Tem uma nova geração que está vindo e está muito bem. Mas é sempre a mesma dificuldade que os técnicos têm. Eles formam os jogadores, formam um time e daqui a pouco vem a janela e leva todos os caras embora, vendem jogadores como é o caso do Vasco com o Paulinho. Então os técnicos brasileiros sofrem demais, porque nunca têm um time que vai ficar para o ano todo, e eles também não têm tempo para trabalhar porque já vão logo mandá-los embora se eles não ganharem, então é sempre a mesma dificuldade. Ao contrário da Europa, onde o cara tem estabilidade, tem jogadores, tem tempo para trabalhar. Aqui é realmente uma situação muito dura.

Fernando Diniz é o único diferente que nós temos no futebol brasileiro, que joga diferente, pensa diferente, e é muito legal. Eu gosto de ver o time dele jogar

O trabalho do Fernando Diniz no Atlético-PR tem chamado a atenção. Como você avalia?

É uma coisa que veio para ficar. O Fernando Diniz já trabalha assim há muito tempo, principalmente em times pequenos e fazendo grandes trabalhos. Um cara que é o único diferente que nós temos no futebol brasileiro, que joga diferente, pensa diferente, e é muito legal. Eu gosto de ver o time dele jogar. É claro que eu sou suspeito porque ele é meu amigo também, a gente conversa muito, mas veio para ficar. É um futebol que tem a bola, que é agressivo, intenso.

Para você, quais as chances reais do Brasil na Copa do Mundo?

O Brasil está em um grande momento, só que é um campeonato curto, uma competição de sete jogos que tem um mata-mata e aí que é o problema. Quando tem o mata-mata pode acontecer qualquer coisa. Às vezes o melhor não ganha, está em um mau dia ou o juiz erra. Mas o Brasil é um dos favoritos, junto com a Espanha e a Alemanha que é fortíssima. Tenho um pouco de receio da Argentina, que está mal, mas vem com tudo, vem com fome. Mas é uma Copa que o Brasil tem tudo para ganhar, porque está jogando bem. O Tite tem o time controlado, na mão e com certeza é um dos favoritos.

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