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O Brasil ainda é um dos países mais atrasados do mundo porque tenta avançar em diversos setores, sem ter dado o primeiro passo: a educação da população. É mais fácil iludir e manipular um eleitorado ignorante do que um povo bem informado e que saiba escolher os melhores candidatos para cargos públicos. Mesmo quando tenta investir em educação, o governo o faz na forma de pacotes, preocupado com o analfabetismo ou com as vagas asseguradas através de cotas nas universidades federais. Esquece que o despreparo da maioria é consequência da pobre educação de base das crianças e jovens. Que as vagas das universidades não vêm do elitismo destas, mas do baixo aproveitamento do ensino de segundo grau.

O primeiro passo da modernização seria a aplicação de um plano amplo e abrangente de educação de toda a população. Inclusive daqueles que pensam ser educados. Enquanto medidas eficientes não forem tomadas o Brasil continuará sendo um dos piores países do mundo conforme todos os indicadores internacionais em matéria de educação. E, o que é mais grave do ponto de vista ético, o único dos piores que tem todas as condições de superar este problema. Basta haver vontade política por parte dos governantes.

No futebol não é diferente. Anualmente são despejados centenas de árbitros e auxiliares no mercado e o resultado final é um desastre. O panorama desolador no campo da arbitragem está ligado à falta de preparo da grande maioria e não estou falando de inadequação pelo desconhecimento das regras do jogo, mas falta de educação e cultura. Simples assim. Enquanto não melhorar o padrão de ensino da população e, consequentemente, das escolinhas de arbitragem o caos no apito vai continuar.

O mesmo se aplica aos jogadores, pois o ideal seria que nossos talentos não precisassem bater asas para faturar mais ou aperfeiçoar-se no exterior. O Santos resolveu desafiar os clubes europeus e retardou as saídas de Neymar e Ganso, suas principais revelações.

Registrou-se curioso fenômeno: Neymar, que é uma das mais preciosas vocações para craque mundial, consegue atuações espetaculares em jogos comuns e atuações melancólicas nos momentos decisivos, tais como a final com o Barcelona, semifinais com o Corinthians e final com o México na Olimpíada; Ganso tornou-se um problema, já que se arrependeu de não ter ido embora e esta em conflito com a diretoria do clube.

Não estou dizendo que ir embora melhora a capacidade técnica de quem nasce com o dom de jogar futebol. Estou tentando dizer que o trabalho desenvolvido pelos clubes europeus é mais competente do que o nosso.

Começa pela educação e formação profissional dos gestores, passa pela organização dos campeonatos, qualidade dos gramados, nível das arbitragens, com uma porção de equipes fortes por ter recursos e administração eficientes.

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