Domínio verde-amarelo
O título na capital britânica confirma a soberania do Brasil no futebol de cinco. A equipe é a atual campeã mundial e, desde que a modalidade entrou no programa dos Jogos Paralímpicos, não deixou o ouro escapar nenhuma vez: venceu em Atenas-2004, Pequim-2008 e, agora, em Londres. O goleiro Fábio Luiz participou de todas as campanhas.
"A gente procura sempre treinar mais, não vive de passado. Quando ganhamos um torneio, trabalhamos mais forte ainda depois. Ganhar é difícil e permanecer vitorioso é ainda mais", declarou o arqueiro.
Londres - Os franceses da seleção de futebol de cinco não vão se esquecer tão cedo do nome Ricardinho. No esporte praticado por atletas cegos, o ala brasileiro mostrou ser um dos melhores do mundo e foi fundamental para a seleção conquistar a medalha de ouro na Paralimpíada de Londres. Em partida disputada na tarde deste sábado (9), o Brasil derrotou os campeões europeus por 2 a 0 e alcançou o tricampeonato paralímpico.
O grande destaque da final foi o camisa 10 e capitão do time verde-amarelo. Ricardinho foi o responsável por praticamente todas as jogadas ofensivas do Brasil. Os gritos de "ohhh" e as palmas direcionadas ao atleta a cada drible e finalização simbolizaram a admiração da torcida pelo protagonista no final.
"A gente teve um início de competição difícil, o time ainda não estava 100%, mas cresceu com os jogos e superou os obstáculos", destacou o ala esquerdo.
O gaúcho, de 23 anos, pratica o futebol de cinco desde os 15. Um deslocamento na retina, quando ele tinha 6 anos comprometeu a visão dele. Em 2006, ele foi eleito o melhor do mundo e agora, nos Jogos de Londres, o jogador foi o principal nome da seleção.
"Eu não me preocupo em ser o melhor [do time] ou não. Quero que a seleção vença que é o que importa", diz o atleta.
Na decisão diante da França, ele sofreu o pênalti que originou o primeiro gol de Bill (o segundo foi contra). Ele ainda acertou pelo menos cinco chutes que deram trabalho ao goleiro Grangier. Após o apito afinal, o jogador pôde comemorar a sua segunda medalha de ouro da carreira em Paralimpíadas.
"Eu passei por uma ano difícil, me machuquei e fiquei fora de muitas competições. Não se tinha certeza sobre a minha condição para os Jogos, mas consegui provar que podia ajudar", contou Ricardinho, que sofreu uma fratura no pé direito e voltou a treinar com bola apenas no mês de julho, a cerca de 40 dias da Paralimpíada.
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