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Representantes dos oito clubes que integram o Conselho de Clubes Formadores de Atletas Olímpicos (Confao) - Corinthians, Flamengo Vasco, Fluminense, Pinheiros, Minas Tênis, Grêmio Náutico União e Sogipa - se reuniram nesta terça-feira, no Rio, para discutir os próximos passos da entidade. A grande reivindicação é ter direito a parte dos recursos repassados ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) pela Lei Agnelo/Piva, que destina 2% do que é arrecadado pelas loterias federais ao esporte olímpico.

Criado no começo de fevereiro, o Confao tenta negociar com o COB para conseguir o repasse de 30% da verba arrecadada pela Lei Agnelo/Piva. Assim, os clubes entendem que teriam condições de manter o investimento na formação de atletas olímpicos. Receberam, inclusive, o apoio do ministro do Esporte, Orlando Silva, que já se mostrou favorável ao entendimento entre as duas partes. Mas, até agora, a entidade que administra o esporte olímpico no Brasil se mostra irredutível.

"Acho que o COB já deu demonstrações contra. Sabemos que a posição da instituição é de autodefesa. Se estamos formando novos talentos, por que não recebermos recursos para o desenvolvimento? O Orlando Silva tentou uma aproximação, mas o COB não quer reconhecer o Confao. Não podemos mais ser usados. Queremos o dinheiro para formar novos atletas, e não para pagá-los", disse Sérgio Bruno Zech Coelho, presidente do Confao e representante do Minas Tênis.

Antônio Moreno Neto, presidente do Pinheiros, defendeu que as reivindicações são justas. Mesmo porque, revelou, aproximadamente 80% dos atletas brasileiros são desenvolvidos nos clubes. Para ele, a formação de uma Política Nacional de Esportes ajudará na reestruturação das modalidades olímpicas, além de ampliar a relação oferta/procura e melhorar as condições do custo/benefício. "Fazemos parte desse contexto. O COB não tem motivos para não repassar parte dessa verba aos clubes. A renovação ficará cada vez mais comprometida", afirmou.

Já o presidente interino do Flamengo, Delair Dumbrosck, se mostrou preocupado com o desenvolvimento a longo prazo dos atletas brasileiros. Segundo ele, é necessário a discussão junto ao governo federal para a melhor aplicação dos recursos. "Se não tivermos os recursos adequados, dificilmente teremos atletas brasileiros atingindo os índices olímpicos em 2016 (Jogos de Londres). Caso a lei não seja moldada a fim de atender a demanda dos clubes, o Flamengo estará dizimando todos os esportes olímpicos", avisou o dirigente, ao cobrar maior ajuda financeira do COB.

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