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O domingo é dedicado aos sorrisos largos. Famílias sentadas à mesa celebrando a vida. Planos discutidos sobre o futuro. Jovens reverenciando pais, avós, familiares de todas as idades. O otimismo escancarado em cada rosto faz renascer em cada um nova ponta de esperança nos estudos, no trabalho, na fraternidade e na felicidade que transforma as pessoas em seres humanos mais dóceis e carinhosos.

Ontem foi tudo diferente. Centenas de jovens entre 16 e 20 anos formaram um grande aglomerado para festejar momentos de encanto e de rara alegria. Foi em Santa Maria, Rio Grande do Sul, verdadeira capital de centros universitários de excelência. Aqueles jovens de sorrisos espontâneos, 2 mil segundo informações oficiais, não imaginavam que viveriam uma tragédia que acabaria por sufocar a vida de mais de 200 garotos e garotas. Uns perderam a vida por asfixia, outros amassados por pisões. Outro dia escrevi sobre um sonho de menino. Com certeza ninguém pensa perder a vida de forma tão trágica e surpreendente. Sonhar faz bem, alimenta a alma, faz crescer nossos devaneios.

O domingo de ontem foi tão diferente e triste que nos apequenamos diante dos mistérios da vida. Cada lágrima derrubada representa uma eternidade de saudade dos que foram engolidos pela tragédia.

Paraná vence

Não vi o clássico porque a televisão foi impedida pelo Atlético de executar a transmissão. Não ouvi as explicações do técnico e dos jogadores do Atlético porque o clube não deixou.

Sem poder analisar o jogo, só me resta reproduzir o que disseram os comentaristas de rádio, todos reconhecendo a justiça da vitória tricolor. Time diferente dos últimos formados na Vila Capanema, forte o suficiente para humilhar a ditadura que o adversário costuma impor aos profissionais da comunicação. O silêncio do Atlético de hoje é para impedir que os ouvidos dos torcedores conheçam o castigo dos que são dominados pelos princípios do inferno.

O Atlético não merece passar por decisão ridícula e que afronta a rica história do clube.

Alex e Londrina

Dois exemplos de grandeza deste campeonato. Contra o Colón da Argentina, no sábado, Alex não marcou gol, mas fez jogadas próprias do craque que conhecemos. Pintou belos quadros em bolas paradas. Os quatro meses que ficou sem jogar atrapalharam o ritmo de jogo, o que logo será superado. Até o técnico do Colón, Sensini – que jogou três Copas do Mundo – reconheceu a importância de sua contratação. Com Alex jogando o que sabe o Coritiba será outro, muito melhor do que o da vitória contra o Cianorte.

O Londrina firma-se como a melhor surpresa da competição estadual. Mais uma vitória e a consagração da liderança. Ótimo para levantar o astral do futebol do interior paranaense.

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