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Nos jogos Paraná x São Caetano e Atlético x Cruzeiro, o assunto mais comentado foi o impraticável campo da Vila Olímpica. Foi um chororô geral, de todos os lados. Este é o futebol paranaense, sempre recheado de problemas. O Paraná jogou contra um time que visitou Curitiba para conseguir manter o empate em zero. Conseguiu o seu objetivo. O Paraná, não. Culpa do gramado, falaram nossos comentaristas e os jogadores do Tricolor. Somente o técnico Dado Cavalcanti não responsabilizou o campo pela falta de ao menos um gol do seu time. Foi realista.

Antes mesmo do jogo de ontem contra o Atlético, o treinador Marcelo Oliveira já desceu o pau no gramado do Boqueirão. Nem esperou o transcorrer do jogo. Não mentiu. Porém Atlético e Cruzeiro fizeram quatro gols, provando que mesmo com piso ruim foi possível fazer gols em número quase abundante. O campo prejudicou o toque de bola, claro, mas não impediu a realização dos jogos, ambos, na opinião do colunista com boa apresentação do Paraná e de atleticanos e cruzeirenses. O grave erro foi deixar que os jogos fossem realizados com tamanha deficiência do campo. Ninguém pode alegar que não tinha conhecimento das condições sofríveis do "tapete" de grama (?) da Vila Olímpica.

Como a Vila Capanema está arrematando as obras em execução, os interessados poderiam escolher outro local. O Ecoestádio seria uma boa solução. Com nova e convincente iluminação, os dirigentes do Paraná e Atlético poderiam ter adotado uma solução adequada ao futebol. Foram teimosos. Pagaram o preço. Será que é tão difícil pensar com previsibilidade?

Nem a desculpa de que o Janguitão não comporta o mínimo de torcedores pode ser admitida. A CBF, de tão desorganizada, está abrindo exceções. Permitiu que o Santos jogasse fora de São Paulo (estado) e o Atlético enfrentará em Joinville o Flamengo. Pois aí estão as razões pelas quais os meus colegas falaram mais da lama do que dos jogos.

O Atlético continua pagando pelo excesso de ambição. Se empenhando até o limite para ter o direito de abrigar quatro jogos da Copa. Um custo elevadíssimo para um clube que tinha o melhor estádio do Paraná e dos melhores do país. Agora o Atlético enfrenta outro problemão. Prometeu teto retrátil para a Baixada, mas gostaria que o pagamento seja feito pela Copel, empresa de energia sem vínculos com o futebol.

Ambição demais, ultrapassando o limite da prudência, não é de bom tom. Já tem advogado fazendo o rascunho de uma ação judicial se a Copel ceder às pressões. Chega de prodigalidade com o dinheiro público, aqui e nas outras sedes do Mundial. Enquanto isso, o festejado e irreal legado da Copa não sai do papel. Projetos, alguns já cancelados.

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