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O Atlético tem sido um sucesso patrimonial e de marketing, mas um fracasso futebolístico. O título estadual conquistado em 2009 foi obra do acaso, pois perdeu para o Coritiba e o J.Malucelli em plena Arena da Baixada, recuperando a chance de tornar-se campeão graças aos inesperados tropeços do Coxa para o Iraty e do time dirigido por Leandro Niehues à época para o Nacional, em Rolândia.

Na temporada passada, depois de perder o título estadual levando um passeio do Coritiba, de ter sido eliminado na Copa do Brasil e de iniciar o Campeonato Brasileiro nas ultimas posições, foi salvo pelas proezas do técnico Carpegiani. Antes de acertar, porém, Carpegiani cometeu uma série de equívocos até que na vexatória apresentação diante do Palmeiras, no Pacaembu, resolveu ajustar a defesa abdicando do terceiro zagueiro, fixando-se em Manoel e Rhodolfo, com Vítor e Chico como volantes. Funcionou.

Também deve ser destacada a presença do excelente goleiro Neto e a brilhante campanha de Paulo Baier. Além, é claro, do fator Arena. Time banal, tornou-se refém do estádio, pois raramente consegue mostrar bom futebol fora de casa.

Quinto colocado no torneio nacional e com vaga na Sul-Americana, esperava-se que a diretoria procedesse criterioso exame sobre o desempenho do técnico Sérgio Soares e, sobretudo, uma competente avaliação do elenco.

Entre declarações farisaicas, com promessas de conquista de títulos, perderam-se os dois primeiros meses do ano e o time afundou em grave crise.

Antes de criticar o gerente Ocimar Bolicenho é preciso observar que ele apenas cumpre ordens. É o mesmo caso de Leandro Niehues, que já havia fracassado como treinador no ano passado.

Se o gerente não consegue se impor perante o elenco e o técnico interino faz gato e sapato na escalação – vinha jogando com Claiton e Fransérgio como volantes, colocou Vítor e Fransérgio no Atletiba e passou para Alê e Kléberson, no fiasco do Acre –, não definindo a formação e demonstrando claramente estar perdido, a responsabilidade é de quem os contratou.

Chegou Geninho que, com estilo conciliador, certamente colocará ordem na casa durante curto período, para em seguida começar a sentir dificuldades de trabalhar um elenco comprovadamente carente, heterogêneo e sem caráter de competidor.

O mais curioso para quem entende de futebol é verificar que com poucas contratações é possível melhorar o rendimento do time. Um ala-direito, um zagueiro central e um meia – desde que não queimem Hé­­verton como aconteceu com Wallyson recentemente.

A verdadeira crise atleticana é de comando e de filosofia de trabalho, pois os dirigentes parecem insensíveis e incapazes na gestão do futebol. Os jogadores captaram a falta de sintonia na cúpula, não respeitam os executivos da comissão-técnica e cada um faz o que bem entende no CT do Caju.

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