• Carregando...

Numa das festas mais cafonas dos últimos tempos, os melhores do Cam­­peo­nato Brasileiro receberam os prêmios em meio a uma multidão de políticos, cartolas e tor­­cedores infiltrados que vaiaram todo mundo.

Se o presidente da República resolveu prestigiar a festa era de se esperar melhor organização e, so­­bretudo, maior grau de educação dos presentes. Foi um barraco só, culminando com a queda do pa­­lan­­que, digo, do teto do Theatro Mu­­nicipal. Conseguiram transformar o vetusto templo da arte na­­cional em baile funk.

Menos mal que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, também vaiado pela massa ululante, tenha confirmado que os campeonatos brasileiros seguirão disputados por pontos corridos e apontou os números financeiros como sinal do sucesso da fórmula.

Atrás de estrelas

O Fluminense apresentou-se como tricampeão. De acordo com a CBF o Flumi­­nense é apenas bicampeão, entretanto os clubes interessados estão pleiteando a equiparação dos títulos conquistados nos torneios nacionais criados pela antiga CBD. Foram 14 disputas até a criação oficial do Campeonato Brasileiro que completou agora 40 anos.

De 1959 a 1970 os times cam­­peões e vice de cada estado jogaram a Taça Brasil, com o Bahia sa­­grando-se o primeiro vencedor e o Bota­­fogo, o último. O Santos ga­­nhou cinco vezes – auge da era Pelé –, o Pal­­meiras duas e o Cru­­zei­­ro uma.

Criado em 1967, o Torneio Ro­­berto Gomes Pedrosa foi disputado até 1970. O Palmeiras foi bicampeão, enquanto Santos e Flu­­mi­­nense levantaram a taça uma vez. Daí o Tri­­color carioca ter assumido a condição de tricampeão, o que me parece bastante razoável, afinal aquelas competições reuniam a elite do futebol brasileiro.

Nessa verdadeira corrida atrás de estrelas na camisa, o Santos so­­maria oito títulos tanto quanto o Pal­­meiras. Bahia, Cruzeiro e Bo­­ta­­fogo seriam reconhecidos como bicampeões. Nada mais justo.

Carlinhos

Reencontrei o professor Carli­­nhos Neves na manhã do Parque Bari­­gui e colocamos a conversa em dia. A sua maior alegria é poder voltar a morar em Curitiba, pois a vitoriosa carreira de preparador físico culminou com a convocação para a seleção brasileira.

Profissional dos mais respeitados e com invejável currículo, Car­­linhos trabalhou em todos os ti­­mes da cidade e há oito anos vinha prestando serviço ao São Paulo, onde ganhou muitos títulos, com destaque ao Mundial de Clubes e a ao tricampeonato brasileiro.

Revelou que está estudando as condições físicas dos jogadores listados pelo técnico Mano Menezes, devendo acompanhá-los de perto em seus clubes a partir de janeiro.

Os desafios serão enormes, co­­me­­çando pela Copa América, na Ar­­gentina, mas Carlinhos diz acreditar no equilíbrio entre os jogadores jo­­vens com os mais experientes que ainda têm muito a oferecer.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]