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O Atlético volta à Arena da Baixada para tentar recuperar o tempo perdido no campeonato. Ou, por outra, para tentar ganhar os pontos perdidos nas últimas partidas, que o afastaram das primeiras posições.

Se Carpegiani teve tempo para realizar todo tipo de experiências táticas, chegando muito próximo de formidáveis invenções estratégicas, Sérgio Soares não tem tido tempo nem para pensar.

Há rodadas que o time não sofria tantas baixas importantes em tão curto espaço. Menos mal que a estrutura tenha sido mantida, pois mesmo na derrota para o São Paulo o Furacão conseguiu manter a unidade e se aproximou mais de uma equipe do que de um bando.

Uma das melhores definições sobre futebol é uma pérola da lavra de Cilinho, vitorioso técnico do interior paulista, que revolucionou alguns conceitos no auge de sua carreira. Para ele, que mora em Campinas, o "futebol é a engenharia do espaço".

Tão elementar quanto este preceito é o que pode fazer a diferença entre um bom time de futebol amontoado de jogadores batendo cabeça à caça de um objetivo inalcançável e um razoável time de futebol recheado de jogadores determinados ao domínio da engenharia do espaço. Nem sempre apenas bons jogadores, contratados em quantidade ou a peso de ouro, resolvem o problema técnico se não houver organização e planejamento de jogo.

Aí é que entra o trabalho do treinador. Mexido, remexido, reforçado e esforçado, o time atleticano há muito tempo não dispunha dessa concepção de jogo elaborada por Carpegiani e mantida a duras penas por Sérgio Soares.

Mesmo sem contar com atacantes de categoria e desfalcado de elementos importantes, o sistema de jogo, o condicionamento físico, a disciplina tática e a garra fazem do atual Atlético um adversário temido e respeitado. Ainda mais dentro da Arena da Baixada. E o Palmeiras de Felipão sabe disso.

Série B

O Coritiba jogou melhor do que o Bahia e não merecia voltar derrotado, sem a liderança do campeonato. Enfrentou muitas dificuldades, com destaque à lamentável fratura sofrida por Trigui­­nho no choque com o goleiro baiano, mas reagiu a tempo de assegurar o empate e a ponta da tabela.

Agora sim, jogando com tranquilidade e sabedoria, o Coxa poderá realizar campanha de manutenção até o final da temporada.

Aqui, mesmo com problemas diante do América-MG, o Paraná recuperou-se e venceu com direito a gol de bela feitura do novo Rei da Vila, Kelvin.

Diante das circunstâncias, até que o ano vai acabar bem para o Paraná. Traduzindo em português bem claro: pelo menos não corre mais o risco de rebaixamento para a divisão inferior.

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