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Bons tempos em que os artilheiros faziam a alegria das torcidas com enxurradas de gols marcados no Campeonato Brasileiro. Agora, a média de 2,46 gols por jogo é a pior desde 2003.

Os principais goleadores são o corintiano Bruno César e Elias, do Atlético-GO, com apenas 9 gols em dezenove rodadas disputadas.

Por isso, mesmo em sétimo lugar e realizando o melhor turno desde 2004, o Atlético ressente-se da escassez de gols, escancarando a sua deficiência ofensiva.

Foram testados diversos atacantes durante a temporada, com destaque ao colombiano Serna e ao argentino Javier Toledo, seguidos do equatoriano Guerrón e do argentino Nieto, além dos brasileiros Bru­­no Mineiro, Alex Mineiro, Marcelo, Maikon Leite e outros. De todos, o mais eficiente tem sido Maikon Leite, autor de gols decisivos para a campanha do Furacão.

Os gringos Nieto e Guerrón estão recebendo todas as chances possíveis e têm sido avaliados com a melhor boa vontade do mundo, porém continuam devendo melhores atuações e, sobretudo, a marcação de gols.

O próprio Guerrón afirmou que não é artilheiro. Então, pelo menos, deveria mostrar outras qualidades que pudessem justificar a sua dispendiosa contratação.

Carpegiani acertou ao definir-se por dois zagueiros – Manoel e Rhodolfo, ambos em grande fase – e dois volantes, contando com a ascensão técnica dos alas Wagner Diniz e Paulinho. Até aí tudo bem, mas os dramas no setor de criação persistem e, consequentemente, os atacantes aparecem sempre isolados, recebendo as bolas em condições difíceis para a preparação do arremate final.

Com o anunciado retorno de Paulo Baier, aguarda-se o posicionamento de Branquinho na tarefa de ligação com o ataque diante do poderoso Corinthians. E o técnico Adilson Batista – o paranaense mais conceituado como estrategista no atual futebol brasileiro – terá o retorno de jogadores importantes: o zagueiro William, o meia Elias e o atacante Ronaldo.

Para muitos, o Fenômeno transformou-se em figura decorativa, entrando de vez em quando no campo apenas para satisfazer os patrocinadores que rechearam os cofres do Corin­­thians e, lógico, os seus próprios bolsos.

Prefiro encarar o crepúsculo de carreira do monumental Ronaldo sob outro ângulo. Prefiro enaltecer o seu espírito esportivo, pois milionário como está, não fosse o enorme amor que nutre pelo futebol e pela convivência no ambiente esportivo, há muito tempo teria renunciado aos rigores dos tratamentos médicos e dos exercícios de fisioterapia para tentar manter o que restou de sua forma física.

Ele é realmente um Fenô­me­­no e merece os aplausos dos aman­­tes do futebol.

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