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Com presidentes vaidosos, personalistas, centralizadores e sem entender de futebol, Atlético e Coritiba estão pagando o preço pelos erros cometidos na escolha dos profissionais para a formação das comissões técnicas e dos elencos.

O futebol mal cuidado é o problema da dupla que tem magoado os torcedores com atuações fracas e até mesmo levianas, como foi o caso do inexperiente time atleticano no clássico passado.

A inexperiência do atual Furacão tem a ver com a falta de visão dos dirigentes, que desmontaram uma equipe bem-sucedida e não mostraram perspicácia para reorganizar o grupo com as novas revelações mescladas a profissionais tarimbados. O clube insiste na contratação de jovens, pois é assim que funciona a cabeça de quem dá mais importância aos negócios que envolvem o futebol do que o resultado no campo.

O sofrimento pelos maus resultados é para o torcedor, enquanto o dirigente segue em frente com obras, empreendimentos e contratos. Tocar uma obra exige inteligência e dinheiro, ingredientes que até agora parecem não faltar ao Atlético, já que todos reconhecem a percepção estratégica do presidente e a sua capacidade de captação de recursos no setor público e privado.

Mas futebol exige sensibilidade humana porque, basicamente, gira em torno do fator psicológico partindo do pressuposto que os jogadores possuem os requisitos mínimos exigidos na parte física e técnica. A principal missão dos treinadores é o trabalho emocional com cada atleta na busca do entendimento coletivo, para resgatar a confiança do grupo até assimilar as orientações táticas que resultarão no rendimento máximo em campo.

Sem entender a alma das pessoas e respeitar os sentimentos de cada um, o sucesso no futebol torna-se praticamente impossível. Mas relacionamento em nível elevado, sem gritos, sem gestos temperamentais ou perseguição ao atleta quando o diálogo se deteriora. Cada jogador que sai brigado deixa outros tantos magoados e preocupados com o futuro, aumentando a insegurança no clube.

No Coritiba, a faixa apresentada pelos jogadores antes do Atletiba, reclamando dos salários atrasados e das promessas não cumpridas pelo presidente, encerrou o assunto. A sorte está lançada e certamente o Coxa enfrentará grandes dificuldades para fugir de novo rebaixamento.

Cabem as perguntas: Como é que a diretoria deixou aquela faixa sair do vestiário? Onde estava o diretor de futebol? Meus Deus, quanto amadorismo.

De nada adianta contratar supervisores, técnicos renomados ou jogadores caros se o planejamento é deficiente. O drama da dupla é a ausência de dirigentes com conhecimento da matéria. Onde estão os novos Munir Calluf, Tonico Xavier, Luis Afonso Camargo, Estevão Damiani, Domingos Moro ou Antonio Carletto; João de Oliveira Franco, Osni Pacheco, Farinhaque?

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