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Com as equipes provocando mais angustia do que alegria aos seus torcedores, o Atletiba transformou-se em um clássico em xeque. Colocado em xeque porque os treinadores e os jogadores precisarão mostrar serviço à altura da tradição do jogo ao mesmo tempo em que terão de provar que merecem os aplausos do público.

Sei que o futebol não é uma atividade conclusiva, que vive essencialmente do momento e se renova a cada partida, tanto que os aficionados foram educados a aceitá-lo dessa forma e os próprios jogadores criaram um dos clichês mais comuns e verdadeiros: "Futebol é assim mesmo e vamos partir para outra...".

Neste Atletiba, o Coritiba joga tudo para vencer em casa e tentar reacender a chama da luta contra novo rebaixamento. Terá de mostrar o mesmo empenho, sem repetir os erros defensivos do último jogo, quando lutou de igual para igual com o Internacional.

O time é dependente do condicionamento físico e da inspiração do meia armador Alex, que, agora, conta com um atacante à altura dos seus lançamentos: o camaronês Joel. Eis aí a chave do sucesso coxa-branca.

E o Atlético levará ao Alto da Glória a sua juventude, com todos os riscos e surpresas que tem proporcionado nesta temporada. O risco assumido pela diretoria foi grande, tendo em vista que de um time montado e vitorioso partiu para a completa recomposição do elenco, com planejamento deficiente a ponto de ter trocado quatro vezes o comando técnico em vinte e cinco rodadas no principal campeonato do país. As surpresas ficam por conta dos garotos que podem errar infantilmente como acertar graciosamente.

80 anos de gol

Quando o rádio esportivo paranaense comemora os 80 anos da sua primeira transmissão de um jogo de futebol – Atletiba, no estádio Joaquim Américo, pelas ondas da Rádio Clube Paranaense –, o radialista Josias Lacour, companheiro de velha estima, lançou livro contando passagens históricas, fatos curiosos e as biografias dos principais personagens que atuaram nessas oito décadas.

Como participei profissional e ininterruptamente de 50 desses 80 anos fiquei agradecido ao autor por ter me transportado aos tempos em que aprendi a narrar partidas de futebol através dos relatos dos paulistas Pedro Luis, Edson Leite, Fiori Gigliotti e Flávio Araujo, mas fundamentalmente dos meus mestres paranaenses Alfredo Barros Junior, Aloar Ribeiro, Willy Gonser, Machado Netto e Silvio Ronald. Tive o prazer de trabalhar e concorrer com narradores do reconhecido gabarito radiofônico de Ney Costa, Rinoldo Cunha, Airton Cordeiro, Luis Fernando, Fuad Kalil, Luis Augusto Xavier, Lombardi Junior, Fernando César, Ulisses Costa, Linhares Junior, Edgar Felipe e Marcelo Ortiz. Foi um privilégio ter estado ao lado de vocês.

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