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A estonteante campanha empreendida pelo Atlético desde a contratação do treinador Vagner Mancini deixou a torcida empolgada e a comunidade esportiva da cidade surpresa. Surpresa porque foi mantida a base do grupo do ano passado e não se esperava que o time realizasse campanha tão arrebatadora.

Acontece que a equipe, perdendo ou empatando nas rodadas iniciais deste campeonato, mostrou potencial ofensivo, mas falhou demais no setor defensivo e, por isso, o jovem zagueiro Cléberson – revelação na série B que não atravessou boa fase no começo desta temporada – e o próprio técnico Ricardo Drubscky foram sacrificados.

Mancini ajustou o meio da zaga, conseguiu melhorar a marcação na meia-cancha e teve a felicidade de contar com a categoria de Paulo Baier e Everton, a velocidade de Marcelo e os gols de Éderson na arrancada consagradora. Porém, nas duas últimas partidas recoloquei minha lente de aumento para lançar um olhar meticuloso sobre os pequenos detalhes que cercaram o Furacão ao deixar de liquidar o Internacional no primeiro tempo e levar cinco gols do mediano ataque do Vitória.

Respeitando a natural euforia da torcida, cabe ao analista enxergar o fato de que o Inter levou o primeiro tempo inteiro para se reabilitar do gol sofrido no início da partida pela Copa do Brasil, parecendo meio grogue e abrindo a possibilidade de o Atlético ampliar o escore. Isso não aconteceu por falhas individuais, tanto nos passes errados quanto nas finalizações equivocadas, com destaque aquela em que Éderson ficou frente a frente com o goleiro gaúcho e chutou para fora. No segundo tempo tudo mudou e a decisão da vaga ficou para o jogo de volta na Vila.

Domingo, nem mesmo a ausência do ala Léo – que simplesmente não tem substituto à altura – pode servir como desculpa para os cinco gols sofridos dentro de casa. O sinal de alerta acendeu e o resultado do jogo de logo mais, diante do Grêmio, significará novo divisor de águas na campanha rubro-negra.

Chamusca neles

A diretoria do Coritiba precipitou-se ao dispensar Marquinhos Santos, promovendo verdadeiro périplo atrás do substituto e rendendo-se a escassez de recursos para satisfazer as extravagantes exigências salariais de profissionais do grupo intermediário da constelação nacional como Caio Júnior, Celso Roth e outros.

Optou por Péricles Chamusca, um projeto de treinador que merece ser burilado para fechar a primeira etapa de sua biografia profissional. Não deixa de ser uma opção interessante, afinal é muito melhor apostar em alguém com futuro do que nos medalhões que pedem mais de R$ 500 mil por mês para cometer os mesmos erros dos principiantes.

O jogo desta noite apresenta-se como propício para uma estreia, pois o Flamengo é freguês antigo no Alto da Glória. Chamusca neles!

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