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O Atletiba por si só constitui-se em grande atração, porém o programado para domingo carrega algumas questões que merecem atenção.

Lamento, apenas, que o clássico terá, novamente, torcida única. Um retrocesso, sem dúvida.

Se o Atlético conseguir a façanha de vencer no Alto da Glória, após quatro anos de jejum na casa do maior rival, estará autenticado o sucesso da renovação sobre a experiência e o equilíbrio do Coritiba.

A renovação atleticana começa com os novos responsáveis pelo comando do futebol – todos profissionais –, passa pelo desabrido e inventivo técnico Juan Carrasco e alcança o elenco que sofreu variado leque de transformações ao longo do campeonato. Há muito tempo não se via uma revolução tão acentuada em nossas equipes como esta que se desenvolve no CT do Caju.

Basta correr os olhos pela escalação do time e verificar o ganho adquirido com a afirmação de Deivid, que era apenas uma promessa; as oportunidades bem aproveitadas por Heracles, Zezinho, Edigar Junio, Harrison, Ricardinho e outros, além, é claro, do novo posicionamento de Guerrón.

Do outro lado estarão em xeque as teorias do técnico Marcelo Oliveira, para o qual o time não perdeu tanta consistência entre a meia-cancha e o ataque ao ponto de inibir a conquista do tricampeonato e mesmo de repetir o brilho na Copa do Brasil. Ele aposta as suas fichas na categoria do goleiro Vanderlei, no retorno do ala Jonas, na classe de Emerson, no dinamismo de Tcheco e, especialmente, na capacidade criativa de Rafinha. O Coxa joga pelo empate para garantir a decisão extra, entretanto o clima é de triunfo para manter o favoritismo dos últimos anos sobre o velho adversário.

Pelo que mostrou até agora o atual Furacão é aquele que se mostra melhor preparado e, realmente, em condições de tentar quebrar o tabu de quatro anos sem vencer no Alto da Glória. São diversas as potencialidades ofensivas, destacando-se no plano individual a tarimba e a dinâmica de Paulo Baier com a velocidade de Guerrón, um jogador mais motivado do que nas temporadas anteriores quando não conseguiu se firmar como titular e chegou a ser desprezado pelos diversos treinadores que passaram pelo clube, com destaque ao confuso Renato Gaúcho que simplesmente ignorou a sua presença no elenco.

Tem muita coisa em jogo no Atletiba de domingo.

Efabulativo

Para o comentarista da Rádio Banda B, Dionísio Filho, o técnico Juan Carrasco tem feito algumas invenções, mas conseguiu devolver ao time do Atlético a organização tática que ele não teve no ano passado e, sobretudo, muito espírito de luta.

Não resta dúvida que o uruguaio tem surpreendido com algumas experiências, tanto que o Dionga desenvolveu uma teoria a respeito: "Da cabeça do Carrasco, de bunda de criança e de um revólver na mão de macaco ninguém sabe o que pode acontecer...!".

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