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A profusão de gols e a in­­tensidade dos dois principais jogos da última rodada fizeram o torcedor esquecer um pouco a frustração sofrida pelo fracasso da seleção na Copa América, voltando a acreditar no potencial do futebol brasileiro.

A vitória épica do Flamengo na Vila Belmiro e o sofrido triunfo do São Paulo no Alto da Glória realçaram a noite mágica do campeonato.

Se muitos jogadores brilharam no plano individual e as equipes mostraram talento ofensivo, é preciso registrar que as quatro defesas falharam à vontade, colaborando na espetacular enxurrada de gols.

Aí está a diferença fundamental entre jogar em time e na seleção. Neymar, Ronaldinho Gaú­­cho, Lucas e outros se destacaram nas goleadas tanto pelo valor técnico da cada um quanto pelo amplo espaço que tiveram em campo diante da fragilidade dos sistemas de marcação dos adversários.

Na Copa América – ainda viva na memória de todos –, os paraguaios diminuíram os espaços, foram aplicados na missão de bloquear as iniciativas contrárias, marcaram com intensidade e contaram com a sorte para levar a decisão para os pênaltis.

Os brasileiros encontraram dificuldades para jogar e reclamaram da forte marcação, coisa que não existiu na noite mágica de quarta-feira em que, em diversos lances, os zagueiros fracos colaboraram com os bons atacantes na marcação dos gols.

Como o jogador brasileiro não gosta de receber marcação pessoal a seleção tem pagado o preço, pois nenhum país enfrenta os pentacampeões mundiais sem cautelas especiais. Daí o baixo rendimento da equipe de Mano Menezes em contraste com a exuberância do futebol mostrado pelos jogadores que desfilaram no histórico Fla­­mengo 5 a 4 Santos.

Aplausos

De um 4 a 0, que parecia inexorável, o time do Coritiba saiu de campo aplaudido pela torcida que, mesmo na derrota, reconheceu o esforço dos jogadores na dramática diminuição do escore e na intensa luta pelo empate.

O time coxa-branca iniciou bem a partida com Rafinha acertando a trave de Rogério Ceni e quando pressionava para abrir a contagem foi surpreendido por um tiro certeiro de seu velho conhecido Carlinhos Paraíba.

Alguns graves descuidos defensivos e mais dois gols do São Paulo, ampliando-se a vantagem na falha de Eltinho, que errou na saída entregando a bola para Lucas, que apenas teve o trabalho de encobrir Édson Bastos.

Mesmo assim o Coxa não se entregou, não fugiu a luta e continuou insistindo até que os gols foram surgindo pela eficiência do ataque, mas, sobretudo, pela desarticulação do sistema de retaguarda do São Paulo.

Por pouco a torcida não comemorou o empate, que faria justiça ao empenho dos comandados de Marcelo Oliveira.

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