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Ficou difícil para Dunga e seu fiel escudeiro Jor­­gi­­nho, que tentou evangelizar os jogadores da se­­leção brasileira, justificar as sandices cometidas na última convocação para a Copa do Mun­­­­do.

André Santos, que eu considerava uma convocação natural e inexplicavelmente perdeu a vaga para o esforçado Mi­­chel Bastos, provou que joga bem mais do que o ex-atleticano e é, tecnicamente, superior a Gilberto.

Lucas e Hernanes também foram esnobados, mas a maior lamentação foi mesmo o desprezo ao talento de Ganso e Ney­­­­mar que barbarizaram no Santos durante os meses que an­­tecederam o Mundial e trans­­­­formaram-se em unanimidade da opinião pública.

Pode-se até argumentar que Neymar era muito jovem, se bem que Pelé estreou na seleção com 17 anos e o ponteiro Edu, do Santos, foi convocado para a Copa na Inglaterra com apenas 16 anos de idade, mas a ausência de Ganso foi absolutamente injustificável, já que ele está acima da média dos meias de armação.

Todo mundo já o conhecia das primorosas atuações com a camisa do Santos e, agora, os aplausos vieram pela sua notável apresentação vestindo a camisa canarinho do Brasil.

Jogador elegante em campo, perfeito no passe e no to­­que de bola, inteligente, rápido e sempre bem colocado pa­­ra participar da engenharia ofensiva da equipe.

Fez lembrar o grande Ger­­son, maestro da seleção na con­­quista do tri, no México. Participa da armação, dando o tempo certo na bola e, não raras vezes, procura o gol tanto quanto os atacantes que devia alimentar atrás do mesmo objetivo.

A seleção de Mano Menezes encantou na estreia pelo conjunto e Ganso, em particular, pelo estilo marcante de praticar futebol ao mesmo tempo bonito e competitivo.

EFABULATIVO: Técnico competente e muito espirituoso, Otacílio Gonçalves dirigiu todos os times de Curitiba, tendo sido campeão por Atlético, Pinheiros e Paraná, deixando grande legião de amigos.

Pincei algumas tiradas do extenso anedotário de Ota­­cílio, como essa quando foi técnico do Brasiliense e recebeu uma interpelação do presidente do clube depois de uma derrota pelo fato de não ter gritado com os jogadores na margem do campo: "Pre­­sidente, sugiro que o senhor contrate o Tarzan como treinador. Ninguém berra melhor do que ele...".

Em um treinamento do Pa­­ra­­ná Clube, ele observou com o dirigente Eduardo Dib, um jogador que havia sido contratado e estava claramente acima do peso: "Não posso escalar aquele jogador com corpo de marido..."

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