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No ano da Copa do Mun­­do, o Brasil está conseguindo resgatar o sorriso do jogo.

A alegria dos estádios é provocada por alguns craques que foram para a Europa, conquistaram as plateias com a magia da arte, enriqueceram e voltaram pelos mais diversos motivos.

A razão de Robinho – o mais recente resgate do futebol brasileiro – foi recuperar a intimidade com a bola e assegurar um lugar na seleção brasileira.

O desfile pelos gramados de jogadores do quilate de Ronaldo, Adriano, Fred, Vágner Love e outros faz bem a todos. Faz bem a eles porque resolveram trocar o fausto do futebol europeu pela leveza do futebol brasileiro.

Não cabe, aqui e agora, discutir as razões, que passam por questões pessoais e dificuldades técnicas. O importante é destacar que todos já garantiram o seu pé de meia, estão com a cabeça tranquila para fazer o que mais sabem e gostam, ao lado das pessoas que estimam.

É preciso entender que a maioria dos jogadores sai das faixas menos favorecidas da sociedade e, por isso mesmo, eles são extremamente dependentes das relações familiares e de amigos.

Por isso que, ao partir para a busca do eldorado no exterior, levaram na bagagem familiares e, não raras vezes, amigos de infância. Foi uma maneira de preencher a carência afetiva longe da rua, do bairro e da cidade em que foram criados.

Adriano disse que prefere l­­evantar pipas descalço com os amigos na favela do que passear de sapatos mocassim na Galeria Vittorio Emanuelle, em Milão, onde era tratado como Impera­dor.

Com essa revoada no sentido contrário, todos acabam lucrando: os clubes europeus porque se livraram com lucros de atletas transformados em problemas; os clubes brasileiros enriqueceram os elencos e aumentaram a capacidade de faturamento através dos novos patrocinadores e das bilheterias; e os próprios jogadores, que continuam ganhando bem e curtindo a vida ao lado das pessoas que gostam.

Se Robinho conseguiu fazer sucesso no Real Madrid, o mesmo não se pode dizer da sua estada no Manchester City. Não sei se foi uma má escolha do empresário, que provocou aquele papelão na saída do clube espanhol para o time inglês, mas a verdade é que o rendimento do jogador caiu.

Ele terá a oportunidade de recuperar o sorriso do jogo atuando ao lado de jovens talentos que surgem no Santos, com destaque a Neymar, que vem barbarizando há algum tempo.

Neymar conquistou rapidamente estatura de craque e ídolo, provocando as mesmas emoções da época de Pelé e Coutinho nos anos dourados de Vila Belmiro.

Claro que não se deve exercitar nenhum tipo de comparação, mas que o Santos vai mexer com o sentimento do torcedor não resta dúvida, afinal terá Robinho, Paulo Henrique Ganso e Neymar num ataque de sonhos.

Enquanto isso, o futebol paranaense continua sem ambição, sem iniciativa, sem motivação e tecnicamente sofrível.

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