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Quando a bola rolar para Brasil e Vene­zuela, começará a escorrer a areia do tempo na ampulheta de Mano Menezes. Será o primeiro verdadeiro teste do novo técnico, que ainda terá pela frente a Copa das Confederações até chegar a Copa do Mundo. Resta saber se haverá areia suficiente até o megaevento de 2014.

Como na Libertadores, apenas ultimamente foi que o futebol brasileiro passou a encarar com seriedade a Copa América e enfileirou diversos títulos em pouco mais de duas décadas. Contrastou com o longo jejum de 40 anos entre 1949 e 1989 quando só perdeu, invariavelmente para argentinos e uruguaios.

A minha primeira lembrança do torneio foi no tempo em que carregava o nome de Campeonato Sul-Americano, disputado em Buenos Aires um ano após a conquista do primeiro título mundial da seleção brasileira. Com Pelé e Garrincha em campo a seleção só empatou com a Argentina que conquistou a taça. Mas o que ficou mesmo gravado foram as imagens no cinema e fotografias nos jornais da guerra campal no final do jogo com o Uruguai.

Pelé nunca venceu o torneio, assim como Maradona. Sobre Maradona, lhes passo saborosa análise feita pela revista El Gráfico: Histriónico, locuaz y divertido, imanta periodicamente al publico y a la prensa internacional com esa bipolaridad barrial que lo convierte en un personaje de seducción devastadora.

Messi é o centro das atenções já que, mesmo ostentando a coroa de o melhor jogador do mundo pelo Barcelona, jamais empolgou vestindo a camisa da seleção do seu país.

O antídoto para o talento de Messi é a genialidade de Neymar ao qual, apressadamente a mídia nacional tenta saltar etapas colocando-o na mesma linhagem de Pelé. Calma, rapazes. Fizeram o mesmo com Zico, Ronaldinho Gaúcho, Kaká, até mesmo Robinho e, como se sabe, não foi bem assim.

Sómente Romário e Ronaldo aproximaram-se do monumental acervo de Pelé, mantendo-se, entretanto, alguns pontos abaixo tanto quanto Di Stefano, Puskas, Garrincha, Eusébio, Overath, Cruyff, Platini, Maradona, Mathaus, Zidane ou Xavi e Iniesta.

Messi e Neymar possuem grande potencial, mas estão apenas escrevendo as primeiras páginas de suas promissoras histórias de glória.

E tem Ganso, o meia armador que mais lembra o genial Gerson, o canhotinha de ouro na conquista do tri no México. Ganso também é uma grande esperança do time.

Mano Menezes reuniu o que existe de melhor no momento, mas por enquanto tem se saído melhor nas entrevistas coletivas do que pela performance da equipe em campo. Tem sido mais agradável ouvir o técnico falar do que ver seu time jogar.

Tomara que a seleção supere as deficiências dos recentes jogos amistosos e revele uma nova face na busca de um legítimo tricampeonato na Copa América.

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