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Sobrou para o Paris Saint-Germain a ingrata missão de enfrentar o Barcelona nas quartas de final do melhor e mais organizado campeonato da atualidade: a Liga dos Campeões da Europa. Dá gosto ligar a tevê e assistir em HD aos espetáculos apresentados pelos melhores times europeus em gramados perfeitos, arbitragens imperfeitas como acontece em todo lugar, craques em profusão, esquemas táticos modernos, estádios cheios e torcedores civilizados.

Para piorar as coisas os franceses jogaram com o Barça no Camp Nou, onde ele destroçou o Milan na fase anterior por 4 a 0. Mas o PSG, que reúne diversos brasileiros, entre eles o excelente zagueiro Thiago Silva e o lépido atacante Lucas, sob a liderança do sueco Ibrahimovic, se impôs taticamente ao poderoso adversário e provavelmente teria surpreendido não fosse a entrada de Messi logo após a marcação do gol do time parisiense.

Mesmo jogando apenas meia hora, o argentino desequilibrou as coisas a favor do Barça, mudando a personalidade da equipe, dando confiança aos companheiros e iniciando a jogada do gol de empate que valeu a classificação.

Eis o ponto nuclear do artigo de hoje: a importância de contar com um desequilibrista em campo. É muito grande a vantagem de uma equipe que possui um jogador excepcional e a história é rica em exemplos de craques fantásticos que mudaram o roteiro de jogos e torneios apenas com a sua arte.

Foi assim com Puskas, na seleção húngara; Di Stefano, no pentacampeonato europeu do Real Madrid; Pelé no Santos e na seleção brasileira; Garrincha na conquista do bicampeonato mundial em 1962; Cruyff na escalada vitoriosa do Ajax e da seleção holandesa; Zico no auge do Flamengo; Maradona na seleção argentina e no singelo Nápoli; Matthäus na seleção alemã; Romário, Ronaldo e Rivaldo pelo Brasil na conquista de duas Copas; Zidane na campanha do título mundial da França; Xavi e Iniesta no arrebatamento do Barcelona e da seleção espanhola nos últimos anos e, agora, esse genial Messi. Cristiano Ronaldo tem desequilibrado a favor do Real Madrid, mas precisa provar que faz a diferença defendendo a seleção portuguesa, da mesma forma que Messi só será coroado definitivamente com o melhor jogador da sua época se brilhar pela Argentina na próxima Copa. E isso se aplica a Neymar, maior esperança individual dos brasileiros no momento.

Neymar é uma realidade atuando num time irregular, brilhando na acanhada Vila Belmiro e que já deveria ter ido embora, para chegar rapidamente ao topo embalado pela modernidade do futebol que se pratica na Europa. Neymar, entretanto, continua devendo melhores atuações com a camisa amarelinha. Ele fracassou na Copa América e na Olimpíada, mas terá a chance de dar a volta por cima na Copa das Confederações e no Mundial do ano que vem.

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