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Coritiba e Paraná fazem o primeiro clássico do returno e, pelas circunstâncias, um triunfo coxa-branca poderá representar o começo do fim do campeonato.

Tendo passado pelo vice-líder do primeiro turno – o Ope­­rário, de Ponta Grossa – e goleado o Paranavaí em seguida, o Coxa encontra-se em posição de absoluta tranquilidade para a conquista do título. E não só para tornar-se bicampeão, mas invicto diante das poucas resistências de todos os adversários.

O Paraná que, surpreendentemente, arrancou pontos do Coritiba jogando na Vila Capa­­nema continua padecendo de antigos problemas fora de campo que afetam a produtividade da equipe. Agora foi a falta de pagamento dos salários dos funcionários do centro de treinamentos das categorias de base.

Além disso, o técnico Ricardo Pinto tem a preocupá-lo o poderio ofensivo do Coritiba diante de uma defesa em fase de remontagem. De qualquer forma, só resta ao Paraná tentar superar as dificuldades e surpreender novamente.

Do outro lado, céu de brigadeiro com o técnico Marcelo Oli­­veira colhendo os louros da admirável série vitoriosa da equipe que não cansa de derrubar pontes pelo caminho.

Após um começo marcado pela desconfiança, Marcelo Oliveira conseguiu transformar o panorama ao mudar o sistema tático, trocando o terceiro zagueiro por um armador. A equipe começou a mostrar bom futebol e desandou a vencer, fortalecendo a posição do treinador com a sequência de pontes caídas.

Alguns setores da crônica esportiva afirmam que o técnico tem o grupo absolutamente "fechado" para a conquista do título e de objetivos mais ousados no panorama nacional. Fe­­chado, aliás, é uma palavra que o mundo da bola adora. Essa história de que "o grupo esta fechado dentro e fora de campo" se transformou, nos últimos tempos, numa espécie de mantra de todo treinador, seja para alimentar a esperança da conquista de um título, seja para unir o elenco em busca da fuga do rebaixamento.

Ney Franco utilizou-se deste expediente para fazer o Coxa voltar à Primeira Divisão como campeão e Marcelo Oliveira soube manter a unidade do grupo e, com sabedoria, deu um passo a frente: colocou a sua assinatura na evolução tática e técnica do time. Ou seja, o futebol de hoje em dia é diferente daquele mostrado nos tempos de Ney Franco. O time está jo­­gando com mais leveza, maior consistência defensiva e, sobretudo, perfeita harmonia na ligação da meia-cancha com o ataque.

Em vez de grupo fechado prefiro identificar no sucesso do Coritiba o comando firme da nova diretoria em todos os sentidos e o relacionamento altamente profissional com o parceiro externo no departamento de futebol. Sem esquecer, é claro, da eficiência do trabalho nas divisões de base onde o clube tem extraído ótimos jogadores nos últimos anos.

O volante William é a nova jóia da coroa alviverde.

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