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Se os dirigentes da dupla Atletiba reclamam dos resultados financeiros negativos podem ir se preparando e apertando os cintos porque o calendário do ano que vem prenuncia novos prejuízos à vista. A começar pelo campeonato estadual, durante o qual os clubes da capital pagam para jogar diante do esvaziamento dos estádios pela pouca motivação. E nos demais estados não é diferente, inclusive São Paulo, que consegue maiores verbas da televisão e mesmo assim vem registrando queda de prestígio na disputa local.

O São Paulo, através do presidente Carlos Miguel Aidar, criticou a decisão da Federação Paulista de limitar em 28 o número de atletas inscritos para o campeonato, atrapalhando o projeto de disputá-lo com time misto para testar os jogadores revelados nas categorias de base com os titulares mais experientes.

Com investimento que alcança R$ 30 milhões no trabalho da base, o São Paulo reclamou da decisão do presidente da entidade paulista, Marco Pólo Del Nero, o qual demonstra mais preocupação com a arrecadação e a manutenção do torneio desprestigiado do que com o desenvolvimento técnico do futebol. Só para registrar, o senhor Del Nero já está eleito como novo presidente da CBF.

Aqui, como provavelmente o Atlético deverá manter a política de jogar no inicio do ano com uma equipe de jovens – apesar dos protestos da torcida que gostaria de ver um time encorpado e mais competitivo com a mescla entre garotos e titulares – a competição começa sem brilho, afinal o duelo Atletiba é o grande mote do futebol estadual.

Como o Coritiba acena com a possibilidade de seguir o mesmo caminho e o Paraná não demonstra capacidade técnica de competir no mesmo nível, a salvação da lavoura ficará mesmo por conta dos clubes do interior, com destaque ao Londrina, o atual campeão. Para mim, o estadual devia ser mesmo uma grande festa do interior.

Planejamento

O tema do Senadinho de ontem foi o planejamento do Atlético para a temporada 2015 mais bem-sucedida, já que foi o representante paranaense que se livrou mais cedo do rebaixamento. Triste rotina a do nosso futebol que participa apenas como coadjuvante dos torneios nacionais e, eventualmente, internacionais.

E esse fenômeno será mantido desde que os dirigentes do trio da capital continuem seguindo a cartilha do personalismo e da improvisação. Basta verificar quanto custou os equívocos dos cartolas do Atlético apenas com as mal-sucedidas experiências com os treinadores Miguel Angel Portugal e Doriva; ou do Coritiba com a aposta em Celso Roth. Quanto ao Paraná, além de dificuldades técnicas, ele convive com indigesto espeto-corrido de problemas em todos os setores, com destaque a incerteza de poder continuar jogando no estádio Durival Britto e Silva.

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