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A política e a administração da dupla Atletiba sofreram rachaduras profundas nos últimos dias. As fissuras observadas no Coritiba têm a ver com a vaidade individual dos envolvidos no processo com sérias consequências para o anunciado projeto de estabilização gerencial, econômica e futebolística do clube.

As fragmentações observadas no Atlético têm a ver com a falta de diálogo franco nas exposições da real situação financeira do clube que, obviamente, aumentaram o grau de preocupação entre os conselheiros, associados ou simples torcedores.

O que parece certo é a falta de transparência e maiores esclarecimentos ao respeitável público.

Tão certo quanto a constatação de que ambos navegam por águas revoltas e distantes de um porto seguro. No Coritiba porque o aguardado projeto de redenção começou a fazer água ao ponto de até o ex-jogador e ídolo eterno Alex ter retirado seu apoio à diretoria recém-eleita; no Atlético, porque o festejado projeto de torná-lo um dos maiores clubes do país, com promessas de títulos nacionais e internacionais, emperrou logo na decolagem.

Como a dupla luta com dificuldades financeiras e compromissos assumidos de elevada monta, sair da crise o quanto antes é a expectativa que toma conta de coxas e atleticanos.

– “Onde fica a saída?”, perguntou Alice, personagem de Alice no país das maravilhas.
– “Depende”, respondeu o gato que ria.
– “De quê ?”, replicou Alice.
– “Depende de para onde você quer ir...”.

O time do povo

No futebol, era o Brasil que dava certo independentemente do regime político, do general ou do presidente da República que ocupava o cargo. Sempre foi importante saber a diferença entre Estado, pátria e nação. A seleção sempre foi o time do povo, tanto pela alegria proporcionada pelos craques quanto pelos títulos conquistados. Na ditadura de Getúlio Vargas, no longo regime militar ou na democracia a seleção foi o símbolo nacional.

Nas vitórias e nas derrotas a pátria não se abalou e, como uma mão gentil, esteve sempre pronta a acolher seus filhos.

Agora, aquilo que todos desconfiavam, tornou-se realidade: a seleção não é mais do povo e nem mesmo da CBF. Tudo é determinado pela ISE, empresa das Ilhas Cayman que obteve por meio de contrato o direito de organizar os amistosos da seleção até o fim de 2022.

Nem o preço dos ingressos dos jogos da seleção brasileira, mesmo dentro do nosso país, é determinado pela CBF.

A denúncia foi feita na semana passada pelo jornal O Estado de S. Paulo e está agitando os meios esportivos e políticos. Não se surpreendam se for criada no Congresso Nacional uma segunda CPI do futebol.

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