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O clássico (não sei se deve continuar sendo chamado de clássico uma partida com pouco menos de 8 mil pagantes, na fase decisiva do Campeonato Paranaense) entre Coritiba e Paraná foi marcado pela violência.

A certa altura do jogo até o árbitro, que se comportou corretamente e dentro dos parâmetros das regras, parecia cansado de tanto mostrar cartões amarelos para os jogadores que aprontavam de tudo um pouco, menos jogar futebol com o mínimo de arte e talento.

Não sei se são os técnicos que mandam fazer mais faltas para evitar a progressão dos adversários, mas alguma medida precisa ser tomada para tentar resgatar a beleza do futebol.

Suspeito de que algo no ar não anuncia bons fluídos, especialmente quando se ouve o próprio técnico da seleção brasileira mandar jogar duro, fazer falta para conter os atacantes rivais.

Todos sabem que a falta é inerente ao jogo, mas passa a ser um "recurso" na sequência excessiva de infrações cometidas. Devemos condenar a falta como "tática" de jogo, tática ilícita também.

Há muito tempo, muito antes de Dunga assumir o comando da equipe nacional – há muito tempo, repito – não se ouve um técnico brasileiro, de clube ou de seleção, dar uma declaração ou uma entrevista, dizendo que tem de fazer mais gols, que tem de dar mais drible, que tem de atacar mais.

O novo Santos de Dorival Ju­­nior não deixa de ser um alento, em compensação Corinthians, São Paulo, Palmeiras e outros timões importantes andam praticando futebol de segunda categoria.

O que esperar, então, do nosso fraquinho futebol paranaense?

É aquilo que assistimos, anteontem, no Alto da Glória com pouco público, muito nervosismo – inclusive do técnico Ney Franco que acabou expulso – e muita, muita inabilidade da maioria dos jogadores para praticar o ainda alegre jogo da bola.

No final, mais fácil do que explicar a indigência técnica dos jogadores foi atacar a atuação da arbitragem.

EFABULATIVO: o Coritiba en­­trou com novo recurso no STJD para tentar diminuir a punição pela perda de mandos de jogos.

Agora, com embargos de declaração, sendo que os seus advogados esperam a compensação sofrida no Atletiba do ano passado, pelo Campeonato Brasileiro. Lembram-se? Houve confronto entre as torcidas e os dois clubes foram punidos, sendo que o Atlético cumpriu a perda de mando jogando com o Fluminense, em Londrina, e o Coritiba com o Santos, em Cascavel.

Depois, a dupla foi absolvida e o departamento jurídico do Coxa entende que ficou com o crédito de uma partida nos anais do STJD.

Ouvindo a notícia, em meio à acalorada discussão com o honorável coxa-branca, jornalista Candido Gomes Chagas, o delegado de polícia Aprígio Paulo de Andrade, o popular atleticano Pato Branco, estrilou:

– Ora, ora, então os coxas acreditam possuir um crédito? Eles acham que o STJD são as Casas Bahia...!

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