• Carregando...

O título estadual invicto, o vice na Copa do Brasil, os recordes de vitórias e dois anos de invencibilidade no Campeonato Paranaense estimularam o torcedor coxa-branca nos últimos tempos. Foram momentos de regozijo e natural contentamento. Porém, nesta temporada, as glórias recentes e o fato de o Coritiba ser o time local mais incensado pela mídia esconderam deficiências técnicas observadas em campo.

Foram triunfos com escores apertados e goleadas diante do adversários fracos, que serviram para abastecer um verdadeiro arsenal de sonhos, ilusões e manchetes fartas. Até que a sinfonia de êxitos foi interrompida na tarde quente de Arapongas.

Quando apareceu na tela a escalação do Coxa fiquei intrigado com a singeleza dos jogadores distribuídos em campo e com a sensação de que se tratava mesmo de uma façanha a manutenção de tão longa invencibilidade, mesmo considerando a indigência técnica dos concorrentes. Ou seja, se o Coxa nos dava no ano passado a certeza de absoluto favoritismo, o Coxa deste ano vem jogando no limite e com apresentações sofríveis.

Um meio de campo com Júnior Urso, Gil, Renan Oliveira, Lincoln e Roberto não poderia funcionar, como, efetivamente, não funcionou.

O Arapongas abriu a contagem em bela jogada de Tiago Ádan em cima de Pereira, ampliou e poderia ter chegado a goleada não fossem as inúmeras oportunidades desperdiçadas após a expulsão do zagueiro Emerson.

Os instantes derradeiros do jogo foram dramáticos para Marcelo Oliveira e seus comandados, afinal estava cessando a mais duradoura demonstração de superioridade de uma equipe na história do futebol paranaense.

Com a derrota do seu principal concorrente e o triunfo fácil sobre o Iraty, o Londrina aumentou o cacife na luta pelo título do returno.

Altos e baixos

Alternando altos e baixos no campeonato, ontem o time do Atlético conseguiu realizar uma apresentação satisfatória. Em nenhum momento se viu ameaçado pelo Cianorte e poderia ter aplicado sonora goleada não tivessem os atacantes perdidos tantas chances de gol e, mais uma vez, com uma penalidade máxima cobrada. Desta feita por Marcinho, que cumpria boa atuação.

Depois de ter perdido o título do primeiro turno, quando tudo estava a seu favor, o Cianorte baixou a rotação e sentiu bastante a expulsão de Amaral ainda na etapa inicial.

O Furacão mereceu a vitória pela velocidade que imprimiu e pelo ritmo que ganhou com o retorno de Paulo Baier. Mesmo sem um meia de ligação característico, os atacantes foram constantemente acionados, com bom rendimento dos alas Gabriel e Heracles, cabendo a Guerrón a marcação de dois gols. O primeiro, em lance de oportunismo e, o segundo, de elaboração bem calculada com desfecho espetacular. E, finalmente, Edigar Junio desencantou deixando a sua marca no placar.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]